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Ouro Preto: Estudo da UFOP contra tumor de ovário é reconhecido internacionalmente

Ouro Preto: Estudo da UFOP contra tumor de ovário é reconhecido internacionalmente

Imagem: Arquivo pessoal / Por: Marcos Delamore

O estudo “Ru(II)-Fenamic-Based Complexes as Promising Human Ovarian Antitumor Agents: DNA Interaction, Cellular Uptake, and Three-Dimensional Spheroid Models”, desenvolvido por Tamara Teixeira, mestra em Química pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), foi publicado na Revista Inorganic Chemistry, da American Chemical Society (ACS), uma das maiores sociedades científicas do mundo.

A pesquisa foi orientada pelo professor Rodrigo de Souza Corrêa, do Departamento de Química (Dequi/UFOP), e contou com a colaboração de pesquisadores de São Paulo. O trabalho oferece informações sobre alternativas contra o câncer a partir de novos compostos à base de rutênio, um metal com potencial antitumoral.

De acordo com o estudo, a resistência do câncer a agentes quimioterápicos como a cisplatina apresenta um desafio significativo, levando à falha do tratamento e a resultados ruins. Novos compostos à base de metais oferecem uma estratégia promissora para superar a resistência aos medicamentos e aumentar a eficácia.

Durante a fase de testes, esses complexos também alteraram a morfologia celular, reduziram a densidade celular e inibiram a formação de colônias nas células. Ensaios de coloração indicaram morte celular induzida e dano a organelas, destacando seu potencial como agentes antitumorais promissores.

Em entrevista ao jornal O Liberal Inconfidentes, a pesquisadora Tamara Teixeira celebrou a conquista e ressaltou o potencial da divulgação científica brasileira.

“Fico muito feliz com esse reconhecimento e acredito que a divulgação científica é essencial para aproximar a sociedade dos avanços alcançados dentro das universidades. Agradeço a oportunidade de divulgar meu trabalho e espero que mais pessoas acreditem no potencial da ciência brasileira”, declarou.

Para Rodrigo, pesquisador e coordenador do Laboratório de Química Estrutural e Inorgânica (LaQuEsI), os resultados apoiam e estimulam a realização de pesquisas mais avançadas sobre mecanismos de ação. “Despertam o interesse no potencial desses compostos, como novos metalofármacos à base de rutênio”, disse.

A Universidade Federal de Ouro Preto, alicerçada nos pilares de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, se consolida e se posiciona como referência no cenário internacional, contribuindo para o desenvolvimento de estudos em diversas áreas do conhecimento, incluindo a Química Bioinorgânica.

Publicações como a de Tamara Teixeira amplificam a visibilidade e o reconhecimento da produção científica brasileira, além do progresso em investigações direcionadas ao combate contra doenças cancerígenas.    

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