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Operação Rejeito: Leleco Pimentel e Padre João revelam ser alvos de “organização criminosa que monitorava lideranças e invadia privacidade”

Operação Rejeito: Leleco Pimentel e Padre João revelam ser alvos de “organização criminosa que monitorava lideranças e invadia privacidade”

Imagem: Marcos Delamore / Marcos Delamore

Na noite do dia 29 de setembro, o Deputado Estadual Leleco Pimentel (PT), e o Deputado Federal Padre João (PT), concederam uma entrevista coletiva para abordar os pormenores da Operação Rejeito e repudiar o modo foi divulgada e apropriada nas redes sociais a lista de alvos monitorados pela organização suspeita de esquema de mineração ilegal em Minas Gerais.

De acordo com Leleco Pimentel, inúmeros são os impactos causados às pessoas que tiveram seus nomes relacionados, de forma irresponsável e indevida, ao grupo investigado. “Tivemos a preocupação de procurar as pessoas que tiveram o nome divulgado. Elas estão surpreendidas e indignadas de serem alvo de uma quadrilha criminosa que age dentro do Estado brasileiro, sob o tripé da mineração, poluição e corrupção”, ressaltou.

Ele ainda mencionou que os processos minerários ignoram a vida das pessoas e afetam comunidades como a de Botafogo, Antônio Pereira, Miguel Burnier, Mota, Engenheiro Corrêa, Cachoeira do Campo e Amarantina. “A mineração tomou conta de todo o território. O que nós exigimos da Polícia Federal e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais é a apuração da operação, que está se desdobrando e que vai prender, provavelmente, muitos outros envolvidos nessa ação criminosa de liberação de mineração e de ataque à dignidade das comunidades”, disse.

O deputado federal Padre João destacou que a organização monitorava lideranças e invadia a privacidade dessas pessoas. Além disso, comentou sobre a contaminação dos espaços públicos pela mineração. “Há uma reação a três ações. A primeira é sobre uma organização criminosa que monitorava e estava invadindo a privacidade de lideranças. A segunda diz respeito aos danos causados pela divulgação da lista que coloca pessoas publicamente criminosas com lideranças da região. E uma reação, na qual pessoas aproveitam para associar lideranças que, historicamente, atuam em defesa do meio ambiente e das atividades sustentáveis. Tem um esforço coletivo de reação a esses três episódios. Essa operação é muito importante e precisa rever como que se deu algumas licenças, liberações e outorgas”, reforçou.

Os parlamentares destacaram que medidas cabíveis estão sendo consideradas e serão administradas aos responsáveis por divulgar e conectar os nomes com a investigação policial.

Operação Rejeito

A Operação Rejeito, da Polícia Federal, investiga um esquema bilionário de extração irregular de minério de ferro, corrupção e crimes ambientais em Minas Gerais. A investigação policial revelou que o grupo teria fraudado licenças ambientais para assegurar a continuidade de contratos e da mineração na Serra de Botafogo e na Serra do Curral.

Considerado o maior esquema de corrupção no setor de mineração em Minas Gerais, o grupo movimentou mais de R$ 4 bilhões em cinco anos e poderia chegar a R$ 18 bilhões em exploração suspeita de ilegalidade.

Vinte e duas pessoas, suspeitas de envolvimento com a organização, tiveram a prisão expedida e responderão por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, crimes ambientais e contra a ordem econômica. A Justiça Federal deliberou o bloqueio de bens e contas e a suspensão das atividades de 42 empresas. Após a operação, a exploração da Serra de Botafogo foi interrompida.

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