Por: Marcos Delamore
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou, na última semana, que irá destinar mais de R$ 22 milhões para projetos de preservação e restauração em Minas Gerais. A comitiva, composta pelo presidente da instituição, Leandro Grass, e pelo diretor do Departamento de Ações Estratégicas e Intersetoriais (DAEI), Daniel Sombra, realizou visitas em Ouro Preto, Mariana e São João del-Rei para articular novas ações de conservação do patrimônio do Estado.
Ouro Preto
O “I Seminário O Futuro do Passado” marcou o anúncio do prefeito, Angelo Oswaldo (PV), sobre a criação de um Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) para viabilizar projetos indispensáveis para salvaguardar e melhorar as condições de segurança dos bens históricos do município. “Resultado altamente positivo do seminário. Vamos ter mais objetividade, mais fluxo na tramitação dos processos, mais rapidez e segurança nas decisões, a partir de um trabalho em conjunto “, comemorou.
A Cidade Patrimônio Histórico Mundial receberá investimentos para a preservação dos recursos culturais. Fruto do relacionamento entre a Prefeitura e o Iphan, a restauração da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, já conta com R$ 7 milhões dos R$ 30 milhões, destinados pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para a obra no espaço e para a tradição da cidade, que possui mais de duzentos anos de romaria.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, destaca a parceria, que é um avanço para o futuro da cidade de Ouro Preto. “Esse momento é muito especial, ou fazemos um grande pacto pelo patrimônio cultural, com boa vontade e espírito público, ou não vamos avançar”, disse.
O planejamento para as intervenções futuras contemplam as capelas do Padre Faria, São João Batista, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora de Santana, São Sebastião e a Igreja de São Francisco de Assis. O projeto de restauro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário também será realizado pelo Novo PAC.
Mariana
Na cidade de Mariana, R$ 4,05 milhões foram designados para a restauração da Igreja de Santana. O Museu de Arte Sacra, a Casa Capitular e a Igreja de Nossa Senhora das Mercês também passarão por obras de recuperação, com garantias orçamentárias pautadas em Termos de Compromisso.
O Estado de Minas Gerais é o que mais recebe investimentos do Novo PAC no contexto cultural. Cinquenta das 144 obras em andamento no país estão em territórios mineiros.“Esse é um investimento histórico do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura e do Iphan, que, além de preservar os bens culturais, traz desenvolvimento, renda, oportunidades e geração de empregos”, ressaltou Grass.
Além de Ouro Preto e Mariana, outras cidades mineiras têm projetos de conservação em desenvolvimento e advindas do Iphan. Diamantina, Serro, Congonhas e São João del-Rei terão recursos para a valorização do patrimônio histórico e cultural.
