Imagens: Wander Faria
Por: Marcos Delamore
Nesta sexta-feira (13), a cidade histórica de Ouro Preto recebe a edição de festa junina da tradicional feira de arte, artesanato e gastronomia do município, a “Sextas Abertas”. O evento, promovido pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), será realizado na Praça do Antônio Dias, a partir das 10h e conta com uma ampla programação, que inclui shows, oficinas e sabores típicos desta época do ano.
Na última edição da feira, em maio deste ano, mais de 1300 pessoas prestigiaram e garantiram uma experiência sensorial surpreendente e momentos memoráveis com as atrações do projeto. O evento reuniu 46 expositores, incluindo quatro brechós, artesanato em bordado, croché, panificação e massas artesanais, brinquedos em madeira e tecido, arte em xilogravura e outras expressões, jóias em ouro, prata e pedrarias, cosméticos naturais, artigos de decoração, instrumentos musicais, além de barracas de comidas e bebidas diversas.
De acordo com o Núcleo de Arte e Ofícios da FAOP, a expectativa para esta edição é repetir o sucesso da primeira e incluir sessões temáticas e festivas, com comidas e delícias juninas, como caldos, canjica, quentão e muito mais. A coordenadora responsável pelo núcleo, Rachel Falcão, destaca a adesão do público e o sucesso de edições anteriores, que concederam ao projeto a chancela de referência no município.
“O sucesso da primeira edição já deu a tônica deste ano – o “Sextas Abertas” se firma como um evento de referência na cidade, fortalecido pela presença da comunidade e dos artistas locais. Acreditamos que o tema junino, que traz manifestações culturais coletivas como as quadrilhas, atraia um grande público para o dia 13”, afirmou Rachel.
A feira, um expoente cultural de Ouro Preto, desde 2016, apoia os produtores, artistas e artesãos locais e movimenta a economia circular e solidária da cidade. A artesã Isabel Café, moradora de Ouro Preto, empreendedora do Hagannara Lizandra Ateliê e aluna da FAOP do curso de cerâmica, revela que o evento é uma ótima oportunidade para promover o empreendimento. “Participo da feira desde o ano passado e tem sido muito bom, tanto para vendas quanto para divulgar meu trabalho. Faço mandalas e bolsas em crochê, mandalas em aquarela e tenho também bijouterias artesanais que são trabalhos do meu pai”, detalha Isabel.
A responsável pela curadoria do “Sextas Abertas”, Ana Fátima Carvalho, celebra o evento e demonstra o sentimento de participar ativamente do crescimento do projeto. “Tenho muito orgulho do projeto. Começamos com poucos apoiadores, não tínhamos verba, os artistas vinham na camaradagem. Ver hoje o “Sextas” crescendo cada vez mais me dá um orgulho danado! É um sonho realizado e é ainda mais gratificante porque conseguimos apoiar e contribuir com o trabalho de entidades filantrópicas, músicos locais, atores, artesãos e artistas”, comemora Fatinha.
Programação
A programação do evento já está disponível, trazendo uma mistura envolvente de oficinas, apresentações e cultura popular.
No Núcleo de Arte e Ofícios da FAOP, a manhã começa com duas oficinas especiais: uma sobre a confecção de luvas de lã com feltragem molhada, explorando uma técnica ancestral têxtil, e outra de culinária, que mergulha nos sabores e saberes das PANCs, plantas alimentícias não convencionais.
À tarde, além da continuidade dessas oficinas, há espaço para a prática do maracatu de baque virado, com instrumentos, cantos e dança, e para uma introdução ao malabarismo, aberta a todos os públicos.
Na Praça Antônio Dias, a programação ganha vida com o teatro de bonecos “Vida de Mamulengo”, seguido pelo lançamento do livro “Esta Rua Agora é Minha”, que aborda os tradicionais tapetes de serragem de Ouro Preto. Mais tarde, uma roda de conversa traz reflexões sobre o curta-metragem “Um Dia no Coração de uma Mulher”, que retrata a poética da xilogravurista Ana Fátima Carvalho.
A partir das 16h, a feira de arte, artesanato e gastronomia começa a movimentar o espaço, preparando o terreno para as quadrilhas da FAOP, abertas à participação do público. A noite segue animada com a apresentação da quadrilha Arrastapé de Santo Antônio e, para fechar com energia, muito forró com A Dora Baile e Banda Manguacêra.
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Apoio e realização
A edição de 2025 da iniciativa é patrocinada pela CEMIG, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. A co-realização é da FAOP, com o apoio do Instituto Território Criativo e realização da IRENI Inteligência em Eventos e do Governo de Minas Gerais.