Reunião com casa cheia. Imagem: Victória Oliveira / Por Victória Oliveira
Na reunião ordinária da Câmara Municipal de Itabirito desta segunda-feira (01), as secretárias de Saúde e de Desenvolvimento Econômico participaram para prestar contas e apresentar resultados de suas pastas, em atendimento a requerimentos de vereadores.
A primeira a falar foi a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia do Carmo Nonato, que destacou os avanços do SINE Itabirito. Segundo ela, em 2025 o órgão já inseriu mais de 858 pessoas no mercado de trabalho, realizou 7,9 mil encaminhamentos e somou 15 mil atendimentos. Também foram ressaltados os Feirões de Vagas promovidos neste ano, a instalação de novas empresas no município e os investimentos em capacitação e educação empreendedora, que beneficiaram mais de 600 alunos.
Durante os questionamentos, o tema da diversificação econômica do município ganhou destaque. Vereadores perguntaram sobre estratégias para reduzir a dependência da mineração e estimular outros setores de atividade. A secretária afirmou que ações vêm sendo adotadas, principalmente no campo da formação profissional e do apoio a pequenos negócios locais.
Outro assunto levantado foi a situação da fábrica da Coca-Cola, uma das maiores da América Latina, instalada em Itabirito. A empresa não tem cumprido integralmente a regra de priorizar trabalhadores da cidade, justificando a falha pela falta de mão de obra qualificada na região. Diante disso, o vereador Márcio Juninho, presidente da casa, sugeriu que a prefeitura amplie a oferta de capacitação profissional nas áreas de maior demanda da empresa, como forma de garantir mais oportunidades aos itabiritenses.
Na sequência, foi a secretária de Saúde, Cleusa de Lourdes Claudino quem apresentou um balanço das ações da pasta. Entre os pontos abordados, estiveram dados gerais e informações sobre Atenção Básica, cobertura vacinal, serviços de urgência e emergência, distribuição de medicamentos, atendimentos multiprofissionais e vigilância em saúde. Também foram relatadas a atuação da UPA Celso Matos Silva, do SAMU e dos Centros de Especialidades e Reabilitação.
A atuação do SAMU foi um dos temas que mais gerou debate entre os vereadores, além da situação das filas de espera por consultas e cirurgias especializadas. Por conta do regimento interno, que limita o tempo das reuniões a 3h30, a fala mais longa da Secretaria de Saúde, com mais de 40 minutos, acabou reduzindo o espaço destinado aos vereadores. Parte dos parlamentares reclamou por não conseguir expor todos os questionamentos, sobretudo ligados à área da saúde.
Entre eles, o vereador Renê Butekus usou as redes sociais para criticar a condução da reunião em relação ao tempo de fala da secretária. Ele afirmou que ficaram sem resposta assuntos como denúncias de negligência na UPA, a construção do heliponto e a falta de medicamentos. O parlamentar também comentou sobre o público presente — a casa legislativa estava praticamente toda ocupada, nos dois andares, durante a sessão — e disse ter percebido que a maioria dos que aplaudiram as falas das secretárias eram ocupantes de cargos comissionados da Prefeitura.
