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Carta aos Tempos
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O Brasil precisa de paz social e democracia para prosperar

Por Mauro Werkema

A diplomação do presidente e vice eleitos legitimamente, a nomeação dos futuros ministros de Estado, a apresentação dos relatórios dos diversos grupos da transição, com diagnósticos da situação encontrada e indicações de ações a serem implementadas pelo futuro governo, a votação da Proposta de Emenda Constitucional que garante recursos iniciais para o novo governo, entre outras ações em curso, garantem já uma normalidade institucional e democrática que terá seu ato final e conclusivo com a posse a 1º de janeiro de 2023.

E esperamos que os atos golpistas, que insistem em não reconhecer os eleitos e ainda falam em impedir a posse, estejam devidamente extintos, permitindo que o país alcance a normalidade política, institucional e governamental para que possa efetivamente começar a governar. E que os discordantes, que devem ter seu papel reconhecido no regime democrático, mas dentro dos preceitos constitucionais, exerçam sua oposição dentro dos limites democráticos. No mais, não podem ser toleradas ações claramente criminosas, de pedir rupturas institucionais e anti-demoráticas ou de impedir a posse dos eleitos ou ofender o Poder Judiciário.

O Brasil que o novo governo encontra, conforme os levantamentos e diagnósticos dos grupos de transição, apresenta um somatório imenso de problemas, carências, insuficiências, desmontes, conforme amplamente divulgado e reconhecido. Esta realidade coloca o novo governo com maiores responsabilidades na sua missão de restabelecer a governabilidade e criar as condições para a normalidade institucional de que o país tanto precisa. Os relatórios dos Grupos de Transição, elaborados por especialistas dos vários setores, tornam-se muito importantes e oportunos pois, seguramente, já trazem indicações, diretivas, prioridades, ações emergenciais e programas.

O presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, tem pregado o diálogo como condição essencial à construção de um novo tempo de paz, prosperidade e normalidade institucional e democrática. Experiente, conhece bem o Brasil, seus problemas e os governos. E também os políticos e partidos. E também este imenso Brasil. O Ministério demonstra a abertura para o indispensável dialogo institucional e sua representatividade é ampla, compatível com as diversas vertentes políticas que hoje militam nos partidos. . Temos, pois, na formação do novo governo, nos gestores já indicados, na disposição do novo presidente, o compromisso e a reafirmação de que poderemos ter um novo Brasil.

As potencialidades brasileiras são amplas e reconhecidas. Sua imensidão territorial, suas vocações de solo e subsolo, suas riquezas minerais, seus 8 mil km de costas marítimas, as oportunidades de novos investimentos, suas universidades e centros de pesquisas tecnológicas, criando novas oportunidades, são fatores, entre muitos outros, entre eles os valores humanos da gente brasileira, que sustentam a constatação de que o Brasil tem plenas condições de iniciar um novo ciclo de desenvolvimento. E de alcançar a paz política, social e econômica, criando as condições para reduzir as desigualdades sociais e de conseguir grandes avanços civilizatórios.

Nestas perspectivas, que permitem pensar num futuro otimista e próspero, não há espaço para posturas retrógradas, conservadoras, anti-democráticas. Abre-se, portanto, a oportunidade de um novo período de prosperidade, que todos os brasileiros de boa vontade desejam. E que o Brasil tem plenas condições de alcançar, com diálogo construtivo e integrativo, com paz política e social, sem o ódio que não permite a busca do entendimento essencial a governabilidade e a sustentação da democracia. 

*mwerkema@uol.com.br

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