O turismo é a moderna resposta sócio-econômica à cultura. E ambos, Cultura e Turismo, atividades complementares, se tornam, conforme vão demonstrando análises das vocações e potencialidades de Minas Gerais, em excepcionais riquezas do Estado capazes de gerar, em prazo não longo, um novo e forte surto de desenvolvimento com sua singular capacidade de gerar e atrair investimentos e, em giro veloz por seu ciclo consumista, criar trabalho, empregos e rendas. A disseminação desta consciência entre os agentes públicos e privados, que tem interface com os dois setores, é básica para alicerçar e ampliar iniciativas, esforços, investimentos, incentivos ao planejamento e à organização da imensa e rica herança natural, cultural e da biodiversidade mineiras, que se apresentam como efetivos destinos com muitos singulares, exemplares e únicos atrativos, que podem ser transformados em produtos turísticos competitivos.
Este convencimento sustenta-se em vários indicadores que integram um excepcional conjunto de fatores e patrimônios da nossa herança natural e histórica, conferindo a Minas Gerais posição competitiva como destino turístico e justificando esforços e mobilização de governos, estadual e municipais, e entidades que se organizam na imensa cadeia de serviços do Turismo e da Cultura. Está e uma importante e estratégica constatação, riqueza excepcional dos mineiros e que encontra prioridade por sua capacidade de gerar respostas sócio-econômicas rápidas em atividades sustentáveis. É, portanto, amparada em diagnósticos e estudos a afirmação de que Cultura e Turismo constituem, nos nossos dias, a riqueza maior do Estado capaz de gerar sustentável desenvolvimento sócio-econômico, a médio prazo, com baixos investimentos.
Cabe listar os indicadores que conferem alta competividade a Minas Gerais:
- Localização central e mediterrânea nos mapas brasileira e latino-americano, trazendo competividade de custos e tempos;
- Minas tem fronteiras com outros seis Estados, com muitas zonas de interseção cultural e econômica, representando escalas de competitividade, de atração e multliplicidade de ofertas culturais;
- Situação no Sudeste Brasileiro, que abriga 45% da economia brasileira e onde situam –se os maiores centros emissores de visitantes;
- Belo Horizonte, principal portão de entrada, está a uma hora de viagem aérea do eixo Rio-São Paulo, núcleos principais emissores de turistas. BH, novo “rub” aeroportuário, centraliza um triângulo cujos vértices estão em Brasília, capital política, Rio capital cultural e São Paulo, capital econômica;
- A malha rodoviária mineira, ampla e interconectada, em Estado centralizado, com grandes eixos nacionais, é fator facilitador e competitivo do acesso a variadas regiões e destinos atrativos;
- Minas desponta, no contexto brasileiro, como o Estado de maior diversidade, quantitativa e qualitativa, na oferta de destinos e de produtos turísticos e culturais, naturais, históricos, artísticos, gastronômicos, artesanais, festivos, amparados em um reconhecida hospitalidade, herança tradicional dos mineiros
- Destaca-se a culinária mineira como atrativo excepcional;
- Existência de oferta de hospedagem em todo o território, representando investimentos já realizados e que podem ser aprimorados;
- Atividade com abrangência geográfica, desconcentrativa e economicamente mais justa;
- Ofertas singulares e exemplares para o Turismo de Aventura e o Turismo Rural;
- Oferta exemplar de pousadas em fazendas e ambientes dos séculos XVII e XVIII, permitindo práticas e costumes da vida rural e interiorana;
Para os municípios e seus gestores, é importante enfatizar:
- Turismo é atividade que estimula o consumo de serviços e produtos de ampla cadeia de serviços, em giro rápido e geração múltipla de receitas, públicas e privadas e nesta condição está sua importância sócio-econômica distintiva capaz de transformar destinos em rápido processo:
- É indispensavelmente limpo com seu patrimônio ambiental, preservador do seu patrimônio arquitetônico e artístico, agregador, intercambiador de processos civilizatórios e agregador pela interação de vários segmentos dos destinos;
- Exige, no entanto, qualificação profissional e técnica nos prestadores de serviço nos atrativos, na hotelaria, nos meios de alimentação, na informação e orientação que orientam o Turismo Receptivo.
- A Mercadologia Turística exige, no entanto, formação técnica no planejamento, organização e gestão dos sistemas municipais receptivos, nas etapas de qualificação e preservação dos atrativos municipais, na atenção à qualidade dos serviços como principal condição de satisfação do visitante, sua organização como produtos turísticos, planos de recepção e orientação do visitante, promoção e divulgação, treinamento de recursos humanos, entre outros fatores que garantem sustentabilidade as destinos.
- A criação de um Escritório de Projetos, como agência de apoio aos negócios e atividades dos municípios, organizados e sustentados pelos órgãos de Cultura e Turismo, impõe-se como iniciativa fundamental para o fomento desta atividade na dimensão, necessidade e potencialidade desta excepcional vocação de Minas Gerais.
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