Valdete Braga
Nossa história de vida depende das decisões que tomamos. Não são poucas as decisões que precisamos tomar ao longo de nossa existência, e mesmo que em algumas vezes nos arrependamos ou voltemos atrás em algumas delas, agimos da forma que julgávamos ser a melhor naquele momento.
Todos têm a sua história, que é feita de questões positivas e negativas, mas o que importa é sabermos viver cada momento, procurando tirar dele o melhor e seguir em frente.
Quando alguém bate no peito e diz “eu tenho uma história” como se isso o tornasse melhor do que o outro, se esquece de que isso é inerente ao ser humano e “ter uma história” não o torna diferente de ninguém, e muito menos superior.
Decisões resultam em atitudes, e nossas atitudes nos definem. Claro que podemos mudar de opinião durante o caminho, e em alguns casos não apenas podemos como devemos mudar trajetórias e recalcular o curso de nossa jornada terrena, resultando em uma mudança destas atitudes, o que automaticamente muda a nossa definição como ser humano.
Esta possível mudança pode ser para uma vida mais assertiva, depois de uma avaliação sobre pensamentos ou atitudes que não nos acrescentem nada de bom, como também pode acontecer o contrário. Uma decepção, algum sofrimento intenso, ou algo do gênero, algumas vezes, levam o ser humano para o lado mais sombrio, o que é triste, mas real. Nestes momentos precisamos ser fortes e nos apegarmos ao lado positivo da vida, para o nosso próprio bem.
Fato é que ninguém nasce, cresce e morre sem mudanças, para um lado ou para o outro. Mudar não é ruim, pelo contrário, e mudanças de vida também fazem parte da história dela.
A frase “eu tenho uma história” dita com arrogância é um grande equívoco. Não importa a “importância” que a pessoa dê a si mesma, pelo seu dinheiro, poder ou fama, não são esses valores que constituem uma história. Pelo contrário, uma vida simples e humilde pode ter uma história muito mais feliz.
Aí entram nossas decisões, que resultam em atitudes e por sua vez nos definem. Uns escolhem o caminho mais fácil e seguem por ele sem se preocuparem onde vai dar. Outros são mais comedidos, avaliam cada ponto a seguir, voltam, recalculam, procuram aprender durante a caminhada. São escolhas que nos levam a escrever nossa trajetória.
Esta trajetória pode ser longa ou breve, e não temos como saber disto, então o melhor a se fazer é seguir vivendo um dia de cada vez, procurando dar nele o melhor de nós. Às vezes falhamos, porque falhar faz parte do ser humano, e é através das falhas que nos reavaliamos para continuar ou mudar a construção de nossa história.
Ou seja, todos temos uma história. Mais simples ou mais complexa, não importa. O importante é a construirmos com retidão e dignidade.