Iniciamos o mês de janeiro com o quadro político municipal já definido. Com os representantes do executivo e legislativo empossados e secretariado concretizado, iniciam-se os trabalhos, ante a expectativa da população, seus eleitores ou não, que votaram neles ou não, mas todos por eles representados.
Iniciada a nova gestão, os eleitos representam a todos nós, portanto é mister que todos nós queiramos que façam o melhor. Campanhas eleitorais ficaram no passado, e os eleitos merecem o respeito de todos, assim como devem também respeitar a todos. A hora é de união.
Particularmente, não gosto das palavras “perdedor” ou “vencedor” quando se trata de pleito eleitoral. Claro que esta é uma visão pessoal, mas não estou sozinha nela e acho isso bom. Em uma democracia, “perder” faz parte do processo, e não significa derrota, assim como “ganhar” engloba a responsabilidade de governar e legislar para todos, segundo a vontade da maioria.
Foram quatro chapas concorrendo a uma vaga para o executivo e mais de 200 candidatos para 15 vagas ao legislativo. Entre os que não entraram, obviamente, existem bons candidatos, e os eleitos vão representar a todos, inclusive a estes, o que, na minha visão pessoal, inviabiliza o significado literal das palavras derrota ou vitória. Em um resultado democrático, pela soberania do nosso voto, cabe bem a expressão “venceram todos e ninguém perdeu”.
Assim sendo, é hora de cada um fazer a sua parte. Quem for situação há de apoiar, isto é normal, e também é normal que exista oposição. Políticos não são deuses inatingíveis com poder total de decisão, e questionamentos podem e devem ser feitos. O importante é que tanto os representantes políticos como nós, cidadãos comuns, saibamos tanto apoiar quanto questionar. Não apoiarmos cegamente quando estamos “do lado” do eleito, nem criticarmos indistintamente quando somos oposição. Muitos ainda agem assim, e isto não é bom para ninguém. É preciso discernimento para analisar o ato, independente do autor. É preciso avaliar sem paixões o melhor para a cidade, para que assim se possa cobrar dos nossos representantes esta mesma isenção.
Todos temos nossas preferências e isso é normal, pois assim como ninguém agrada a todo mundo, da mesma forma todo mundo não agrada ao mesmo alguém. O que precisamos é que depois de definido democraticamente o quadro, independente destas preferências, todos pensemos em um bem maior. Que Ouro Preto vença os tempos difíceis em que vivemos, com todos voltados para o que realmente importa, que são a cidade e seus moradores.