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Ondas, lentilhas e romãs

Terminamos o ano de 2021 e um novo ano se inicia, trazendo novas esperanças, novos sonhos e novas realizações.
Como em todo início de ano, 2022 nos encontrou realizando rituais, de acordo com a religião, crença ou simplesmente alguma tradição que nos acompanha. Cada um em sua linha, seguimos nossos ritos, pulando ondas, comendo lentilhas, colocando sementes de romãs na carteira… enfim, independente da crença, o sentimento é único: queremos todos um ano melhor.
Alguns dizem ser superstições, e podem ser mesmo, mas mesmo assim “por via das dúvidas” todos temos o nosso ritual, por mais simples que ele seja. Superstição ou não, seguimos com nossas tradições, e seja ela qual for, o desejo único de um ano bom é lançado ao Universo.
Nesta “virada” especificamente, mais do que nunca precisamos de pensamentos positivos e boas vibrações, em contrapartida aos dois últimos anos que foram assustadores, tomados por uma pandemia que ninguém esperava e que trouxe tanto desalento ao país e ao mundo.
Nunca foi tão difícil manter a positividade e a necessidade de acreditar em algo, sejam as ondas, as lentilhas ou as sementes de romã está arraigada em todo o ser vivente. Em meio a tanta desumanidade entre os humanos, nunca precisamos tanto nos apoiar em algo para acreditar.
Muitos dizem que o caos chegou para liberar a ordem, entre posicionamentos sérios e outros não tantos. Cada colocação merece ser estudada, principalmente se vinda de fonte idônea. Religiosos e estudiosos têm a sua posição e vale a pena estudar, aprender e a partir do aprendizado formar a própria opinião, mas o mais importante é tentarmos, independente de teorias, trazer para a prática a nossa vontade de melhorar.
Não se melhora um país ou o mundo sem melhorar as pessoas, e o primeiro passo para isto é cada pessoa dar o seu melhor. Se cada um de nós pelo menos entender isto, se tivéssemos aprendido, o mundo estaria bem melhor. Talvez, se já tivéssemos aprendido, nem haveria pandemia.
Não deveria ser preciso o caos para chegar a ordem. Ela deveria nascer do aprendizado, do entendimento, da boa vontade, mas nos perdemos tanto em valores deturpados, que não conseguimos enxergar isto. Há tempos a ganância e o orgulho dominam o mundo, há tempos o ser humano se perdeu em fome de dinheiro, fama e poder. Era de se esperar que não viesse nada de bom disto, e o resultado foi o caos em lugar da ordem. Sem aprendizado não se caminha para a frente, e como não nascemos para andar para trás, algum caminho terá de nos levar à claridade.
Por enquanto, enquanto aprendemos, sigamos com as tradições, sejam elas pular ondas, comer lentilhas ou guardar romãs na carteira. É pouco, mas se é o que temos para jogar ao Universo boas vibrações, sigamos com o que podemos.

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