Temos por praxe iniciarmos o ano com projetos no campo material e propostas no campo emocional. É inerente ao ser humano as “deliberações de ano novo”, algumas de fácil realização, outras já imaginando que não conseguiremos cumprir, mas sempre cientes da necessidade de tentarmos. No segundo caso, mesmo sabendo das dificuldades, nos apegamos à confiança de que vamos conseguir.
Seguimos tradições, de acordo com as crenças e condições de cada um, e estas tradições se realizam também na expectativa de alguma melhora no ano que se inicia, em relação ao que finda. Independente da região ou costumes locais, pessoas se reúnem para a “virada”, e, diferentemente do Natal, que é uma comemoração familiar, às vezes desconhecidos se encontram em um mesmo local, e após a contagem regressiva, se abraçam e trocam votos mutuamente.
Isto não é ruim, muito pelo contrário, dentro da esperança de um ano melhor (devemos cultivar sempre esta esperança) fica mais fácil atrairmos e difundirmos bons sentimentos e boas ações.
Já faz um tempo que estamos em uma energia densa, e o ano que findou não foi diferente. 2022 foi um ano pesado, muita agressividade entre as pessoas, intolerância e falta de paciência para tudo.
Muitos alegam que a mudança do ano é apenas a mudança de um dia para o outro, como os outros 364 dias já vividos. Este pensamento tem o seu sentido, mas ao mesmo tempo é importante uma referência para nos conectarmos de alguma forma com esta energia de esperança, de mudança para algo melhor.
Independentemente da cor da roupa usada no réveillon, das tradições conhecidas, da forma escolhida para passar a “virada”, a intenção da mudança para uma vida melhor é o que importa. Mudando a nós mesmos mudaremos o mundo, e precisamos desta mudança com urgência.
É importante termos um dia específico como referência, e se o dia primeiro de janeiro é escolhido para isto, tenhamos então esta referência, até porque ao nos unirmos em boas vibrações, esta energia será jogada ao Universo, que nos retorna o que chega a ele.
O pensamento de que devemos vibrar durante todo o ano está correto e não só podemos como devemos fazê-lo, mas o fazemos individualmente. Ao nos unirmos em um mesmo tempo e lugar, a energia se torna única e isto a fortalece.
O mundo precisa de paz. Nosso planeta está doente, e para curá-lo precisamos curar a nós mesmos, com pensamentos e atitudes que substituam a agressividade que tomou conta dele, de uns tempos para cá.
Que as propostas do ano novo sejam o início desta substituição e que no decorrer do ano se efetivem na mente e no coração de todos nós.
Feliz 2023!