Por Valdete Braga
Acordei e era 2024. Assim de repente, sem aviso, sem tempo para fazer planos, sem nenhuma preparação.
O ano novo chegou com shows, festas, fogos, cada um comemorando de acordo com suas crenças e convicções. Uns circunspectos, outros com gritaria, uns em casa assistindo à “virada” pela televisão, outros entre centenas de pessoas, mas todos com o mesmo sentimento de esperança em um ano melhor do que o que passou.
O tempo está passando tão rapidamente, tudo acontecendo de forma tão acelerada, que quando nos damos conta acabou a semana, o mês, o ano. Acontecimentos importantes passam por nós e quando percebemos já se tornaram lembranças, que passam ou se transformam em memórias.
De memórias em memórias vamos seguindo a vida, sem nos darmos conta, até nos pegarmos, mais uma vez, fazendo planos e propostas para um novo ano que se inicia. Também sem nos darmos conta, logo estaremos repetindo, mais uma vez, o quanto o tempo está passando rápido e como o ano terminou sem percebermos. Não há quem não tenha, em algum momento, dito esta frase, porque este é um sentimento comum na vida corrida dos dias atuais.
Foi assim que um dia fui me deitar e quando acordei era o primeiro dia de um novo ano. À meia noite, ouvi as festas da vizinhança, o som dos fogos, com os quais não concordo, diga-se de passagem, anunciando a chegada de 2024.
Faço parte do grupo de pessoas que preferem passar a virada do ano consigo mesmas e em seus ambientes. Gosto de fazer uma retrospectiva do que foi e do que poderá ser, do que foi feito e do que foi quebrado, do que pode ser consertado e do que é hora de ir para o lixo.
Quase não deu tempo. O dia 31 de dezembro chegou em um piscar de olhos e o dia primeiro de janeiro em outro, o que leva ao cerne da questão, a rapidez do tempo. Não há como fugir disto, com suas vantagens e desvantagens, por isto sempre é tempo para recomeçar, seja no início de um novo ano ou não. Acordei no ano novo sem ter tido tempo de avaliar o velho, mas isto não é empecilho para as avaliações, que podem ser feitas em qualquer época. A divisão do tempo em anos é uma referência, mas não significa que seja essencial, em qualquer data podemos parar e pensar.
A energia da passagem do ano é mais propícia, pela intensidade dos sentimentos emanados por tantas pessoas com o mesmo ideal. Sozinhos ou em conjunto, em casa, na praia ou em clubes, todos nos voltamos para a confiança de um novo tempo, e o Universo responde a esta ação.
Que assim seja, e que a qualquer tempo que formos dormir, possamos acordar em um momento melhor.
Feliz 2024!
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