O Liberal
Últimas Noticias
Amenidades
3 min

Diferente não precisa ser pior

Gradativamente e com responsabilidade, caminhamos para um novo mundo, entre incertezas e esperança. Não sabemos exatamente o que esperar deste “novo normal” que começa a se desenhar, mas devemos, antes de qualquer coisa, agradecer por ele. Muitos ficaram pelo caminho, e o caminho ainda não chegou ao fim.
Não acabou. O retorno ao trabalho, a reabertura do que estava fechado, não significam o final da pandemia. Quem dera assim fosse, mas não é. O vírus ainda circula, não desapareceu em um passe de mágica, como querem crer alguns. Cuidados ainda são necessários, e quando vejo pessoas se aglomerando, sem seguirem os protocolos de segurança e alguns ainda debochando dos que se cuidam, chego a ter medo do que ainda pode vir.
Tomara que não. Tomara a vacina chegue logo e com segurança e tudo isto passe rápido. Porém, mesmo quando passar, a realidade será diferente da que estamos acostumados. Nada será como antes, e teremos de nos adaptar. Diferente não precisa ser pior, e tomara que tenhamos o discernimento necessário para passarmos por esta transformação com sabedoria.
No nosso caso, especificamente, Ouro Preto é uma cidade essencialmente turística, e o turismo, como o vemos, também passará por transformações. Que transformações serão estas, como passará a ser, só o tempo e os acontecimentos dirão, mas precisamos estar unidos nesta mudança, moradores, visitantes, autoridades, enfim todos que aqui vivem, visitam e atuam.
Nossa cidade é linda? Todos concordam que sim. Possui monumentos, casarões, ruas e vielas centenárias, que encantam os olhos de visitantes de terras próximas e distantes? Sim, e nos orgulhamos disto. Mas não nos esqueçamos de que a cidade é viva. Dentro dos casarões existem pessoas e nas ruas fotografadas por turistas em férias passam também moradores indo e vindo para a sua luta diária, sejam eles da sede ou dos distritos, do centro ou dos bairros de periferia.
Não nos esqueçamos de que nas ruas onde, na volta ao novo normal, turistas passeiam e se deliciam com sua beleza, caminham também pessoas que perderam seus empregos durante a pandemia, muitos passando necessidade.
Como contornar esta situação? Como atender o retorno do visitante, muito bem vindo, diga-se de passagem, e atender com igual atenção o morador que o recebe? Não tenho a resposta, mas entender a situação é o primeiro passo para procurá-la.
As eleições estão batendo à porta. Nossos dirigentes e representantes eleitos terão um grande desafio pela frente, e quiçá tenhamos, eles e nós, união para procurarmos esta resposta, encontrá-la e colocar em prática a solução para o bem de todos, prédios inanimados e pessoas vivas.

Todos os Direitos Reservados © 2024

Desenvolvido por Orni