Existem várias e diferentes formas de amar. É impressionante como uma palavra tão pequena pode englobar sentimentos tão grandes. A grafia pode ser de poucas letras, mas o significado é gigantesco.
Primeiro amamos nossos pais, vamos crescendo e conhecendo outros amores: irmãos, amigos, namorados e namoradas…. amamos os animais, as plantas, a natureza…. Quando nos tornamos donos de nós mesmos, aprendemos a amar a vida. São muitas as formas de amor, e, como tão bem diz o Lulu Santos, “toda maneira de amar vale a pena”.
No mundo tecnológico em que vivemos, onde as pessoas cada vez se comunicam mais por palavras e menos por sentimentos, esta palavrinha de curta grafia e imenso significado tem se banalizado muito. Precisamos ficar atentos a isto. Escrever “eu te amo”, “com amor”, etc, é muito fácil e está a cada dia mais comum. Na internet, o que tem de “amor” é brincadeira. A pessoa “conhece” outra em uma rede social em um dia e no dia seguinte as duas já estão esbanjando “eu te amo”, prá lá e prá cá. Isto sem contar o “eu te amo” ostentação, para mostrar para o mundo o quanto são felizes.
Não digo que não haja sentimentos verdadeiros no mundo virtual, claro que há. Eu mesma, graças a Deus, mesmo me utilizando muito pouco desta ferramenta, se alguém escreve “eu te amo” para mim, eu sei que é real, e vice-versa. E assim como eu, existem muitas pessoas. A diferença é que o “eu te amo” que nós escrevemos e lemos é o mesmo que também ouvimos, falamos, e sentimos. O amor transita entre os dois mundos, real e virtual.
Este é o verdadeiro amor, um sentimento muito além das palavras. Obviamente, falar é muito bom, como também é muito bom ouvir. Escrever também é bom, como é bom ler. Mas é preciso ir além disto. É precioso ultrapassar o teclado e chegar ao coração. Podemos e devemos colocar sentimento no que falamos ou escrevemos, mas jamais conseguiremos que os sentimentos sejam só palavras. Tecnologia nenhuma do mundo ainda conseguiu isto, e, caso consiga algum dia, perderemos nossa humanidade.
São nossos sentimentos que nos tornam humanos, tanto os positivos quanto os negativos. Cabe a cada um dar o seu máximo para preservar os primeiros e se afastar dos segundos, mas se os perdermos, deixaremos de ser humanos.
Amar é bom demais. Ser amado, melhor ainda. Mas que venha de dentro, e não de um teclado de celular, somente. Que o teclado seja um instrumento para se colocar em palavras o que vem da alma. Muitos usam as palavras apenas como letras que formam sílabas, e isto chega a ser triste. “Eu te amo” não são apenas três palavras. São três palavras que significam o mais sublime que existe dentro de nós. Não vamos banalizá-las.