EM 1964, ano em que os militares tomaram o poder, houve um movimento das famílias, especialmente de iniciativas femininas conscientes, saindo pelas ruas ostentando símbolos de críticas severas aos poderes governamentais, que ensejaram aos militares (poderes eficientes constitucionais do país), a tomada de uma posição oficial em defesa da família e da nação ameaçadas de uma explosão marcadamente de sentimentos comunistas. Ideologia esta rejeitada pela nação, sobretudo por sua gente avessa às suas manifestações opostas aos sentimentos do espírito brasileiro da época. Os militares então se puseram em Campo em defesa dos princípios nitidamente nacionais e familiares. O período de ocupação durou vinte anos. Erraram bastante, mas acertaram muito.
O BRASIL experimentou um período de respeito à moral, à ética, baseado em regras claras, firmes, fortes, excepcionais, mas respeitadas a qualquer preço. O respeito à pessoa humana, às instituições, ao poder constituído, à vida, à propriedade, eram sagrados, ainda que imperassem a força e o poder. Hoje, o Brasil vive um surto incontido de crimes, contra os bens e contra a pessoa, que desafia as autoridades, a lei, os princípios elementares de uma convivência pacífica. O crime e o criminoso surgem em cada esquina. A família saiu da rua e homiziou-se atrás dos portões de ferro e outros recursos técnicos de controle da propriedade e de seus membros. O medo tomou conta dos lares e de seus proprietários. O fato é público e notório!
Li recentemente o livro de José Murilo de Carvalho, intitulado “Os Bestializados”, que na transição do período Monárquico para República, as famílias assistiam passivas o desenrolar de uma troca de Regime – Monárquico para Republicano – sem saber conscientemente o que se passava no jogo dos poderes mais expressivos e fortes da Nação. A falta de bons meios de comunicação coopera fortemente para esta situação apática, quase nula da população. Na época Louis Conty escreveu: “O Brasil não tem povo”, tal a inércia da gente de então.
O povo preocupou sim com os surtos das doenças da época, como: varíola, malária, tuberculose, desacreditando até mesmo das vacinas. Raul Pompeia, destacado escritor escreveu “Quem observava o Brasil dizia que ele estava morto”. O exercício da cidadania estava morto, concluiu algum observador da época! O povo estava mesmo bestializado ou não? Na verdade faltava consciência política ao povo.
HOJE, com todos os meios de comunicação existentes nos lares, nas telas, nas mãos (jornais, rádios, tvs, internet e celulares) o povo ainda está omisso. Como um todo consciente, ousado, participativo, exigente, não passa de um exercício tímido de panelaço do alto de alguns prédios das grandes capitais, em certas ocasiões, apenas. A greve dos caminhoneiros foi a única reivindicação maciça e forte dos últimos anos! Nada mais.
A eleição está próxima, é importante que o eleitor tome consciência de procurar com seriedade, conhecer o seu candidato. Há um ditado antigo que diz “Diga-me com quem andas que te direi quem tu és”. Quem é o seu candidato? Qual é o seu passado? Com quem ele está ligado? São perguntas que devem ser feitas, sob pena de perder seu voto, elegendo representante indigno de ocupar postos de grande responsabilidade. É preciso saber bem em quem votar!