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Por que Fórum de Itabirito “Edmundo Lins”?

Elson Cruz
O TITULAR do prédio do Fórum de Itabirito, à Rua João Pessoa nº 251, é o desembargador Edmundo Pereira Lins, nascido em 13 de dezembro de 1863 e falecido em 18 de agosto de 1944, aos 81 anos, no Rio de Janeiro. Seu berço foi a Cidade do Serro, em Minas Gerais. 
EIS ALGUNS DADOS referentes à sua vida:
– Era Republicano e abolicionista;
– Graduou-se em 18/11/1889;
– Veio para Ouro Preto em 1891;
– Foi nomeado Juiz de Direito de Tiradentes em 1892;
– Perdeu a esposa (apelido Dona Mocinha) Brasilina Pinheiro e Prado;
– Casou-se pela 2ª vez com Maria Leonor Monteiro de Barros;
– Foi o primeiro Juiz da Comarca de Belo Horizonte, em 1898;
– Foi nomeado Desembargador em 1903;
– Amante da música, do teatro, do cinema, da diversão jogo de xadrez;
– Adversário político de D. Pedro II, este defensor do império;
– Foi notável professor de Faculdades;
– Eleito diretor da Faculdade em 1916;
– Considerado pelos seus alunos como lendária figura do Direito;
– Escreveu valiosos livros jurídicos;
– Recebeu vários prêmios e medalhas por suas obras;
– Foi agraciado com a Medalha Teixeira de Freitas, pela OAB;
– Assumiu a presidência do STF, em 01/04/1931 até sua aposentadoria compulsória em 
 17/11/1937, aos 68 anos;
– Nunca, negou a importância de sua religião e do seminário em sua brilhante vida jurídica.
Eis como Mário Casassanta, no jornal Estado de Minas, descreveu sua história: “Um garoto sem pai, na penúria, começou aos quatro anos, na oficina de um ourives, e veio a ser Presidente da Corte Suprema do nosso país, através de uma vida limpa e laboriosa. Foi ele um Juiz dedicado, honrado, notável jurista e admirável Julgador” segundo o advogado Diretor da UFMG, Hermes Vilchez Guerrero. 
EM SUMA, o atual Diretor do Fórum de Itabirito, Dr. Antônio Francisco Gonçalves, que tem lutado e trabalhado muito para conseguir a futura nova Sede da Justiça de Itabirito, sempre destacou e elogiou, em suas palestras, a nobreza e grandeza do inesquecível Juiz: Edmundo Pereira Lins, como notável personalidade pública do nosso país. Esta é uma reivindicação também, da Juíza Dra. Vânia da Conceição Pinto Borges!
Lembro-me de uma frase do próprio homenageado que dizia: “Leva um juiz anos e anos a se preparar para a árdua missão de julgador, passa noites e noites a velar sobre os livros para, depois de apurado estudo, proferir uma sentença e imediatamente, nos logradouros mais públicos será acoimado de ignorante, de parcial e de injusto, sem que uma voz de civismo se ouse levantar para impor silêncio ao despeito vil, à ignorância petulante, ao pequenino interesse justamente sufocado”.

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