FOI NO TEATRO que as máscaras exerceram um papel muito importante na caracterização dos personagens. A própria palavra “pessoa” teria nascido, entrado no vocabulário da nossa língua, primitivamente, como designativo de máscara.
Sua grande utilidade, até bem pouco tempo, era esconder a identificação de pessoas voltadas para o crime. Esconder-se para dificultar o reconhecimento, a descoberta dos verdadeiros criminosos. Segundo os melhores comentaristas define-se, teoricamente, como “Um disfarce ou caracterização para o rosto, a cabeça e mais raramente para o corpo, sempre utilizada para finalidades as mais diversas”.
Servem como proteção, especialmente, quando o fim exige seu uso imediato. Nos grandes acidentes, quando se desfiguram faces, elas vêm para proteger. Nas ações criminosas, elas encobrem as feições dos bandidos para dificultar seu reconhecimento.
NAS APRESENTAÇÕES carnavalescas elas criam os mais variados aspectos, denotativos de caracterizações de personagens que atraem a atenção constante dos expectadores. Existem máscaras de manifestações de seres sobrenaturais, como ponto de contato entre o mundo visível e invisível. Há entidades que adotam máscaras características de suas finalidades, como a Klux Klux Klan. Os egípcios utilizavam de máscaras mortuárias para ocultar feições, em seus funerais, especialmente das mais ilustres autoridades da época, como reis e rainhas.
Mascarado, na linguagem popular, é aquele sujeito, aquela pessoa que se acha especial, seja no seu aspecto físico ou intelectual. Até pouco tempo, andar mascarado, cobrir-se nos lugares públicos, despertavam, especialmente nos policiais, suspeita de gente perigosa, fora da lei.
Tudo neste mundo é muito relativo, depende do por quê? Quando? Onde? Como? Se no passado, bem próximo, a máscara despertava desconfiança, medo, perigo e preocupação, bastou um imperceptível vírus para alterar o conceito da palavra máscara. Hoje, é sinônimo de vida, saúde, defesa, obrigação! Com ela, tudo bem! Sem ela, é crime passível de prisão, multa, até cadeia.
Revendo a literatura contemporânea, deparei-me, entre outros autores, com a notável figura de Paulo Menotti Del Picchia, escritor nacionalista, ex-deputado, banqueiro, industrial, editor, escritor do romance intitulado “Canaã”, participante da Semana de Arte Moderna, na década de vinte, que escreveu um livro de notável aceitação popular chamado “Máscaras”, no qual caracterizava o uso e o valor destas peças no mundo literário.
Hoje, o famigerado vírus, que são os menores agentes infectantes que se conhecem, alarma o mundo, quebra países, mata gente, enriquece nações, empobrece outros, encarcera famílias, afasta parentes e detém a quase totalidade dos seres humanos em suas residências. É o grande, forte, invisível carrasco do ser humano. É um agente do medo, da aflição, da dor e da morte.
ENFIM, o vírus da tuberculose, conhecido como “A Peste Branca”, levou a óbito homens como: “Cícero, Paganini, René Chateaubriand, Antônio Nobre, Padre Manoel da Nóbrega, José Anchieta, Ezequiel Dias, Noel Rosa, Achilles Vivacqua, Eduardo Borges da Costa, Etto Gazinelli, médico aos 49 anos”. (Revista da AML, volume LX, 2012, págs.115/119).
O Brasil precisa investir constantemente em pesquisas científicas.
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