É CONHECIDA, divulgada e reconhecida como certa esta frase de origem latina, expressa assim: “Si vis pacem para bellum” ou seja, se desejas a paz prepara a guerra. Paz e Guerra. Palavras de sentido e significado, absolutamente, opostos. Paz é ausência de Guerra ou de outras hostilidades, desavenças entre Nações. Paz é também aceita como fim de um estado de guerra. Tratado que põe fim à guerra. As duas palavras se contrapõem na visão do ser humano.
Entretanto, a paz pode e deve ser repensada na sua concepção positiva e não simplesmente oposicional à guerra, ou seja, estado de harmonia ou concórdia entre pessoas, grupos, gerando relações harmoniosas. Seu conceito combina perfeitamente com serenidade, tranquilidade. O termo guerra, de sonância gutural, denota uma posição oposta porque antagônica de Paz!
SERÁ QUE para conseguir a tranquilidade tem que, necessariamente, preparar, armar-se, munir-se de elementos que busquem, se preciso, a guerra? Será uma condição, como dizem os latinistas, “Sine qua, non”? Sem a qual, não? A paz, quando existe realmente, provoca, gera, produz, leva à fraternidade, não somente entre irmãos, mas entre adversários, dissidentes, inimigos. A Paz é uma proposição de origem divina, portanto de valor excepcional, que deve ser buscada a qualquer preço. Ela harmoniza os opostos e fortalece os concorrentes.
Sua antônima, a guerra, gera o conflito, a desavença, a luta, a morte. A guerra é luta entre dois ou mais povos, partidos, nações, países. Ela é fratricida por sua própria concepção e natureza. Ela existiu em todos os tempos, marcando a humanidade como uma situação de inconformismo, incompreensão, impiedade entre seres da mesma origem universal.
A guerra é antes, e sobretudo, impiedosa, fratricida, irracional. Ela leva as nações à destruição, não só dos bens materiais, mas, à eliminação brutal da vida, o bem mais precioso que Deus deu ao ser humano, para que dela desfrute com sabedoria, consciência e amor.
Dotado de inteligência, raciocínio, vontade, o homem, por ambição, desconhece, muitas vezes, os grandes e excepcionais valores da vida. Quebram-se a unidade, a harmonia, a fraternidade, condições finalísticas da Paz.
A guerra jamais gerou a paz legítima, porque esta é fruto da harmonia, da compreensão, da tolerância, do amor.
A BÍBLIA, conjunto de livros inspirados, descreve a Paz assim: “Felicidade é o conjunto de bens que servem ao homem para viver em harmonia consigo mesmo, com os outros, com Deus. Designa o que se pode desejar de melhor para si e para os outros. A Paz é essencialmente um dom de Deus! É prometida a Israel sob a condição de ser fiel. A paz é fruto da Justiça. Ambas traduzem a verdadeira fraternidade de amor. Jesus estabeleceu a paz pelo sangue de Sua Cruz”.
A Paz esteja convosco, conosco, sempre!