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Magistradas mães enfrentam desafios

A VIDA moderna atual exige das mulheres o enfrentamento de todos os tipos de desafios. Constatamos pelas informações diárias das TVs a morte prematura de dezenas de mulheres sacrificadas, vergonhosamente, pelos seus maridos transformados em assassinos. A maioria dos casos por extrema covardia. Sem motivação convincente, penalmente analisando cada caso. Se por um lado o absurdo acontece, com reprovação de toda a sociedade, por outro vemos exemplos de mulheres que superam barreiras culturais na profissão.
O Jornal mensal da Associação dos Magistrados Mineiros, intitulado Decisão, Abril 2021, apresenta na Seção “Especial Mulher” uma notável notícia em que as “Juízas superam barreiras culturais na profissão” enfrentando inúmeros desafios em todas as esferas sociais.
SEGUNDO o Conselho Nacional de Justiça, CNJ, as mulheres representam 38,8% das Magistradas no Poder Judiciário. Contraditoriamente, a participação feminina entre servidores é de 56,6%, e, nos últimos dez anos, 54,7% dos cargos de chefia nessa atividade têm sido ocupados por mulheres.
Sendo dia 09, próximo domingo, dedicado às Mães, hei por bem transcrever, a título de notáveis exemplos femininos, o pronunciamento de quatro grandes Juízas, em suas brilhantes e reconhecidas profissões, dignas de admiração e exemplo em sua atividade como Magistradas, manifestando-se através de seus belos e exemplares pronunciamentos que refletem seus alegres sentimentos profissionais:
– “Precisamos nos abrir e evoluir para um Tribunal com mais equidade, especialmente porque a diversidade, uma Justiça mais inclusiva, nos espaços de poder, de liderança enriquece as tomadas de decisão.”(Desembargadora Paula Cunha e Silva).
– “Quando passei no concurso da Magistratura, foi um orgulho para mim e o meu pai, que tinha essa visão do juiz um homem. Para ele, foi uma coisa inovadora.” (Juíza Roberta Chaves Soares).
– “Foi uma das primeiras vezes que tive a sensação de que a sociedade poderia não me reconhecer como meus colegas homens, de que o imaginário popular do juiz é de um homem branco, um pouco mais velho”. (Juíza Bárbara Lívio).
– “O tribunal me reconhecia como juíza, me nomeou diretora do foro, mas a comunidade ainda esperava que o meu marido pagasse as contas, porque mulher não pagava as próprias contas”. (Juíza Mônica Silveira Vieira).
EM SUMA, constatamos que as mulheres têm, além de seus grandes e sacrificados afazeres familiares e caseiros, a mesma capacidade dos homens na busca de sua realização plena como mulher e como profissional.
Cumprimentando-as pelo belo exemplo, saúdo a todas as mulheres pelo “Dia das Mães”, no calendário da vida feminina.
Ah! Mais uma coisinha: “O Judiciário Mineiro conta com a atuação de 331 juízas, das quais 106 são diretoras de Foro das 296 Comarcas e 24 desembargadoras”.

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