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A Cidade e Eu
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Ética, a política sem vírus

HÁ DIFERENÇAS básicas entre os conceitos de moral e ética, embora ambas sejam popularmente consideradas ou usadas como sinônimas. Uma é de origem latina “Mos, moris” que significa “costume”; a outra vem do Grego “ethos” que significa também “costume”. Aquela regula a conduta de um grupo, enquanto esta se relaciona mais com o indivíduo. A moral é mais social e a ética é mais individual. Aquela acompanha a pessoa e suas atividades, enquanto membro de um grupo, de uma sociedade. Esta vem do berço, da família. Ambas são necessárias à pessoa porque regulam seu comportamento, seus passos, suas atividades, sua vida inteira.
Aristóteles dizia que o homem é um animal social, focalizando-o assim no seu comportamento grupal. Santo Tomás de Aquino concebia a pessoa, o ser humano como um indivíduo não só no seu aspecto moral, mas, sobretudo ético. A diferença é apenas conceitual. Na prática o homem (a mulher) vive em sociedade (precisa da moral), e, também como indivíduo (precisa da ética). Ambas as bases (Moral e Ética) influenciam o seu comportamento.
QUEM FERE a Moral, fere a Ética. O inverso também é verdadeiro porque quem abusa da Ética fere a Moral. Aqui entra uma situação, hoje, muito visada pelo povo, quando analisa seu “candidato”, (ou seja, uma pessoa que representa a candidez, a brancura, a alvura, a pureza, sem mancha, sem mácula) para escolha. O povo não é movido só pelo direito de escolher, mas também pelo comportamento do candidato que deve primar pela reta, correta, moral e ética comportamental.
A pessoa que vai dirigir uma cidade tem de demonstrar para os cidadãos que sua atitude será correta, justa, com o objetivo de servir, incondicionalmente, ao interesse comum da sociedade. A moral tem caráter social. Ela exige da pessoa um comportamento ético. O prefeito e vice, não apenas têm o dever “ético” de servir a Comunidade, mas também o dever “moral” de buscar o bem comum, jamais o bem próprio. É eleito para servir e não para ser servido ou servir-se!
Mais do que isto, ele é pago pelo povo (através dos impostos) para trabalhar da melhor forma em benefício do bem comum, não particular.
EM SUMA, os representantes máximos (Prefeito e Vice) da Comunidade não podem trabalhar incorporando o “vírus” da corrupção, porque esta desvia seu comportamento – ao invés de ser social – para o próprio interesse.
Este vírus, infelizmente, atinge as autoridades administrativas em todos os seus níveis (federal, estadual e municipal). O prefeito que desvia ou permite o desvio dos recursos públicos para si, para seus auxiliares, não tem os pressupostos princípios da Moral e muito menos da Ética.
Aqui entra o Estado polícia, através da Justiça, do direito, para colocar as coisas no lugar, condenando e apenando comportamentos fora da Lei. “Vírus são seres vivos que se reproduzem em hospedeiros”. Não faça da política um vírus dos seus aliados, porque “a moral” (social) e a “ética” (individual) não permitem. É questão de honra e honestidade. Não ultrapasse seus limites, corrompendo-se. Só o bem comum pode prevalecer pós-eleição!

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