AFIRMA JOSÉ AFONSO SILVA, ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, que a violência decorre da má distribuição de renda, das profundas desigualdades sociais, do consumismo desenfreado, do desemprego, não do desemprego em si, mas de suas consequências como: a desestruturação familiar, a insegurança social, os distúrbios psicológicos e a desestabilização emocional. Estas são causas, continua, cuja solução depende mais de políticas sociais do que de política de segurança pública, pois o controle exercido por esta opera-se especialmente sobre os efeitos. A impunidade é um fator estimulador da violência.
Afinal explica Hermes Ferraz que “impunidade é a convicção que envolve a mente de todos que pensam não responder perante ninguém por seus atos, por mais antissociais que sejam”. Atos violentos não punidos gerarão outros atos da mesma natureza, pois a certeza da impunidade os estimulará.
FICARAM CÉLEBRES no Brasil os crimes envolvendo celebridades como: Ângela Diniz abatida por Doca Sreet em Cabo Frio; o assassinato de Daniela Perez pelo casal Paula e Guilherme; o sequestro seguido de morte da menina Míriam Brandão, em Belo Horizonte; os massacres da Candelária, Carandiru e Diadema, a chacina de Matupá ocorrida em 23 de novembro de 1990; a eliminação do Padre Josino Moraes Tavares, no dia 10 de maio de 1996, em Imperatriz, Maranhão, o sacrifício do líder seringueiro Chico Mendes, na noite de 22 de dezembro de 1988, pelo clã dos Alves, o ataque covarde e violento, ao candidato a presidente, Jair Bolsonaro, em plena campanha eleitoral.
Isto sem falar nas atrocidades, em nome da droga e do crime contra o patrimônio, efetuados por marginais e por elementos da polícia através do esquadrão da morte ou dos chamados justiceiros.
Com isto fecha-se o círculo vicioso: crime – prisão – liberdade – crime. Quem sabe nas mensagens da Bíblia (antigo e novo testamentos) poder-se-á encontrar o rumo para uma sociedade nova, solidária, fraterna, justa e com Paz. É preciso desarmar os espíritos. A paz é fruto do amor, jamais do ódio, materializado pela violência. Dizia Edward James Olmos: a educação é a vacina contra a violência.
OS GRANDES LÍDERES (exceção de Hitler que era um megalomaníaco) da história se posicionaram contra a violência. Destacam-se Ghandi e Cristo. Mahatma Ghandi, líder indiano, pregou a antiviolência através da “Resistência Passiva”. Vencer o adversário sem revidar um só ato de violência. Vencer o inimigo entregando-se como ovelha impassível à sanha adversária. Sofrer o ataque adverso sem resistência alguma.
A libertação Indiana do jugo britânico foi conquistada no corpo subjugado, ferido, mutilado dos discípulos e seguidores de Mahatma, a Grande Alma.
Jesus Cristo pregou o amor, especialmente ao inimigo. Perdoando sempre. Na cruz, imolado como vítima divina, redimiu toda a humanidade. “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”, foi sua frase que na cruz perdoou a todos que lhe produziram os sofrimentos e a morte.