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A Fábula ensina a viver

Por João de Carvalho
A FÁBULA é um tipo de texto que apresenta, em geral, duas partes distintas: Uma história, geralmente protagonizada por animais, e, um comentário de fundo moral, que se pode deduzir dessa história. Nela os animais personificam seres humanos. A Moral de uma fábula, muitas vezes, pode nos chocar por seu cinismo, pois mostra claramente a vitória dos espertalhões sobre os ingênuos, dos fortes sobre os fracos, dos poderosos sobre os dependentes, dos ricos sobre os pobres, dos patrões sobre os empregados, dos chefes sobre os subordinados, dos maiores sobre os menores, dos sábios sobre os ignorantes, dos políticos sobre os eleitores, do sedutor sobre o seduzido, do bajulador sobre o bajulado. A fábula nos ensina também a precaver contra certas atitudes, a desconfiar de certos tipos de pessoas. 
É OPORTUNO lembrar aqui aquela pequena fábula do “Burro, travestido de leão, e, a raposa”, assim descrita: “Um burro coberto com uma pele de leão, andava por todo lado amedrontando os animais irracionais. Então, ao ver uma raposa, tentou assustá-la. Mas ela, que casualmente ouvira a voz dele, disse ao burro: Ora, bem sabes que também eu teria medo de ti se não tivesse ouvido o teu zurrar”. A moral desta fábula é que “Assim, algumas pessoas sem preparo, que têm uma aparência muito cheia de pompa, revelam não passar de qualquer um, quando se traem na sua ânsia de falar. Quem se traveste, não investe, apenas se reveste”.
“Uma pomba com sede, diz outra fábula, como visse água em um vaso pintado em um quadro, acreditou que fosse real. Por isso, atirou-se violentamente contra o quadro e sem querer feriu-se. Aconteceu-lhe então que, com as asas quebradas, caiu ao chão e foi capturada”. Quem empreende um negócio sem ponderação, muitas vezes, não percebe o próprio engano.
Olhando-se para frente, nós sentimos que as eleições se aproximam. Muita gente, sem nenhuma reflexão atira-se às eleições. Vai quebrar a cara porque o cargo que pleiteia pode ser apenas um quadro, muito além da sua capacidade. O desastre poderá ser inevitável. Quem sofre as consequências não será ele, o imprudente político, mas, o povo que nele acreditou.
A VIDA não é uma fábula, mas recebe as lições dela. A vida é luta renhida que aos fracos abate, mas não aos que sabem, querem e ousam lutar. “Você é a única pessoa que pode mudar sua vida e também a única que pode prejudicar a si mesmo”.
Jamais poderemos queimar as pontes da vida, porque não sabemos quantas vezes teremos de atravessar o rio da vida. – Alguém escreveu sabiamente:
“A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego, de tanto amor, de tanto rir e de tanta felicidade”.
– Na vida comum, diária, encontramos pessoas que são exemplos de vida extraordinária, não importa se de homem ou de mulher, de velho ou de jovem, de rico ou de pobre, de sábio ou não, de autoridade ou pessoa comum.
Importa sim o que cada um deles transmite de bom e positivo, de correto e verdadeiro, de virtude e sabedoria humana. – “Tenhamos grandes ambições, mas curtamos os pequenos e autênticos prazeres”, vindos de quem está próximo ou distante de nós.

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