Dando seqüência à série com os vereadores da cidade, O LIBERAL entrevista o atual presidente da Câmara Municipal, Geraldo Mendanha, do Partido dos Trabalhadores (PT). O vereador afirma que na função de chefe do legislativo empreendeu uma reformulação na estrutura da Casa, com destaque à valorização dos servidores e à melhoria no funcionamento interno. A qualidade de vida da população, sobretudo da zona rural é, segundo ele uma marca de seu primeiro mandato, mantendo uma relação de parceria com a atual administração, e trabalhando em prol dos interesses dos Itabiritenses, sem deixar de lado os desafios do município. No aspecto eleitoral, o vereador mostrou-se evasivo: “ainda é cedo para se falar em candidatura, vamos aguardar os desdobramentos”. Confira:
OL – Já em seu primeiro mandato foi eleito presidente da Câmara. Como avalia até o momento sua gestão?
GM – Em primeiro lugar gostaria de mencionar algo muito importante, que foi o retorno do Plano de Saúde para todos os nossos servidores, benefício que foi cortado pela presidência da Casa em 2005. Nossa gestão vem tendo um compromisso com a valorização do funcionalismo, readequação de espaços para os diversos setores, aquisição de novos equipamentos e a modernização do legislativo, que resultaram na qualidade e transparência dos serviços prestados. Enfim, demos uma “nova cara” à Câmara, sendo eleito, surpreendentemente com um “banho de água fria” na oposição.
OL – E como vereador propriamente, quais têm sido as prioridades?
GM – Desenvolvemos um trabalho focado na melhoria de vida das pessoas, sobretudo aquelas ligadas à zona rural. Em meu gabinete parlamentar prestamos assessoria jurídica previdenciária, hoje com cerca de 130 atendimentos/mensais; apoiamos as associações comunitárias, auxiliando-as na interlocução com o executivo. Nosso trabalho também é pautado pela independência, pluralidade de ideias, com uma Câmara atuante e exercendo seu papel de fiscalizar, criticar e, acima de tudo, defendendo os interesses da população. Mantenho uma relação de parceria com o prefeito e seu secretariado, procurando apoiar todos os projetos e bandeiras que são realmente de interesse coletivo.
OL – Como avalia a atual administração?
GM – O Manoel da Mota encontrou a Prefeitura em meio a dificuldades estruturais e financeiras, ao contrário do discurso da oposição. Um dos fatores que contribuíram para isso foi a má gestão da administração anterior. Não obstante essas limitações, a prefeitura vem cumprindo seu plano de governo por meio de conquistas importantes, como a pavimentação asfáltica das ruas do bairro Meu sítio, do Quinta dos Inconfidentes, de trecho de 2,5 Km da estrada do Córrego do Bação, a implantação das Unidades Básicas de Saúde do centro e do Santa Rita, a vinda da Coca-Cola, a expansão da Delphi, o distrito industrial do Marzagão. Essas conquistas contam com o trabalho incansável do vice-prefeito Rido Xavier. Já a oposição não reconhece isso e faz críticas sem fundamento.
OL – O que precisa ser melhorado?
GM – Entre os projetos/ações de interesse da população, temos o desafio de otimizar o trânsito de Itabirito, a implantação da UPA, o poliesportivo da Carioca, a pavimentação asfáltica de diversos trechos da área rural, a manutenção constante das estradas a fim de se eliminar os transtornos causados à população, sobretudo no período chuvoso. Enfim, temos ainda muitos desafios pela frente nas áreas da saúde, esporte, educação e na zona rural, onde tenho minhas raízes.
OL – Qual sua expectativa para as próximas eleições municipais?
GM – Trabalhamos pela reeleição como vereador, ao lado do PT e do Manoel da Mota. Mas é cedo para traçarmos um quadro eleitoral de Itabirito, pois os prognósticos são voláteis em se tratando de política. As próximas convenções do nosso partido serão um espaço importante para discutirmos democraticamente os rumos que vamos tomar. Mas percebo hoje um anseio popular por alternativas políticas.
OL – Sua candidatura a prefeito é sondada?
GM – Como falei, vou disputar as próximas eleições municipais. Ainda é cedo para se falar em candidatura a prefeito, o cenário no momento é prematuro. Mas quem sabe? Vamos aguardar o desenrolar dos fatos.