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Mostra de Teatro do Atelier: sucesso de público e crítica

Mostra de Teatro do Atelier: sucesso de público e crítica

Alunos do curso livre e recém-formados no curso técnico de teatro encenaram três peças entre os dias 25 e 26 de março

Sucesso de público e crítica: assim foi a Mostra de Teatro do Atelier de Artes Integradas, realizada no último fim de semana, no palco da Casa de Cultura Maestro Dungas. Entre os dias 25 e 26 de março, alunos do curso livre e recém-formados no curso técnico de teatro encenaram três peças: Quando o tempo se esconde, Um rio em nós e Aurora da minha vida.

Satisfeito com os resultados, o gestor do Atelier, Henrique Malheiros, também destacou o sucesso da campanha solidária. “Nossos espetáculos, desde a criação do Atelier, têm sido revertidos em donativos para entidades. O retorno é muito positivo”. As arrecadações desta edição foram destinadas à Casa de Repouso Santa Luiza de Marilac e ao projeto Fazer o Bem, formado por alunos e ex-alunos, que trabalha junto à Casa de Repouso, a moradores de rua e a pessoas carentes.

Lavínia Sacramento, que veio de Ouro Preto, elogiou o conteúdo das apresentações. “Adorei a forma com que os atores retrataram o tempo, que é algo tão difícil, pelo menos para mim, de descrever. O final da peça, utilizando metalinguagem, me fez refletir sobre a importância do processo criativo no teatro”, analisou após assistir à encenação de Quando o tempo se esconde.

Diálogo entre literatura e teatro

Também no sábado foi apresentada a peça Um rio em nós, resultado de quase um ano de trabalho. “Começamos a montar no segundo semestre de 2016. Levei para os alunos o conto A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa. Estudamos juntos e adaptamos para o teatro. Como a figura central do conto é o pai que foi embora, o diferencial do espetáculo é a mistura da obra com as entrevistas feitas pelos alunos sobre a figura do pai na vida de várias pessoas”, detalhou Bruna Chiaradia, professora do curso livre e responsável pela peça.

Para os jovens atores, foi um fim de semana especial. “Faço teatro no Atelier há sete anos. Como eu disse no palco, o público e os atores que estão comigo são minha família. A energia que o teatro traz para a gente não tem palavras para descrever”, disse Camilla Malheiros. “A questão que trabalhamos na arte dentro da cidade é muito importante. Cada vez mais, está crescendo o número de jovens interessados pelo projeto”, comentou Jahi Amani.

Talentos lapidados em Itabirito

Definindo a formação de público como um dos principais objetivos, a coordenadora do núcleo de teatro, Ana Nery Carvalho, assinalou a boa aceitação das propostas dos cursos. “No curso técnico, temos resultados satisfatórios, com alunos que já foram para universidades, tanto para a Ufop quanto a UFMG. Os alunos do curso livre também já passaram em outros cursos técnicos, como Palácio das Artes, Teatro Universitário da UFMG, da PUC”.

A mostra foi exaltada pelo secretário de Patrimônio Cultural e Turismo, Ubiraney Figueiredo. “Esse tipo de atividade põe no palco o que está sendo produzido no dia a dia e as famílias conseguem mensurar o que é o trabalho do Atelier, o que é o trabalho de formação cultural e artística”, avaliou. “Quando imaginamos o Atelier na vida cultural de Itabirito, pensávamos justamente nisso: dar à comunidade a dimensão do que se pode fazer por meio da arte”, completou.

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