A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER-MG, de Itabirito e de Nova Lima, com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, promoveram, na tarde da última sexta-feira (18/08), uma visita técnica ao Sítio da Mata, na comunidade da Mata. O objetivo foi apresentar a um grupo de 20 moradores da região de Macacos, em Nova Lima, um modelo de produção de pães, bolos e biscoitos bem sucedido e comercializado por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar PNAE.
Uma das organizadoras do evento e responsável pela Unidade da Emater de Itabirito, Marilda de Almeida ressaltou a importância do encontro. “Incentivar a troca de experiências sobre a produção de quitandas da culinária do campo é fundamental para valorizar a cultura, além de ser alternativa de fonte de renda”, comentou.
Durante a visita, as quitandeiras da comunidade, Maria de Fátima e Leila Carvalho, falaram da bem sucedida experiência em produzir merenda para as escolas municipais de itabirito. Elas contaram que produzem 30 mil unidades mensais de rosquinhas, pão de cebola, pão de abóbora, bolos e biscoitos de fubá, além de darem dicas sobre a produção, como o uso do fogão a lenha, para as quitandeiras de Nova Lima.
“Nosso sucesso foi também graças ao apoio técnico que recebemos da Emater e da Secretaria Municipal de Agricultura, que possibilitaram a comercialização das quitandas como merenda nas escolas municipais”, contou Maria de Fátima.
Para o futuro produtor de quitandas, Cristiano André, a visita foi muito valiosa e produtiva. Ele contou que tem a intenção de formar uma associação para fazer e comercializar itens da culinária rural para as pousadas e hotéis da região de Macacos. “As dicas foram boas e o processo não é tão complicado como imaginava. Estou saindo daqui bem otimista”, afirmou.
De acordo com a extensionista de Bem Estar Social da Emater de Nova Lima, Cristiane Perdigão, a visita se originou de um projeto da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) para mapear a história das quitandeiras da região de Macacos e fomentar a arte da culinária artesanal.
“Possuímos um importante polo turístico naquela região com muitos hotéis e pousadas, mas infelizmente lá não existe ninguém que produz quitandas e isso é uma pena. Essa troca de experiências é o pontapé para mudarmos essa realidade”, finalizou.
Após o bate papo e troca de experiência, os moradores de Nova Lima terminaram a visita com um variado café colonial feito pelas quitandeiras do Sítio da Mata.