Por Nylton Gomes Batista
Para jovens, até parece que o celular e suas variáveis sempre existiram como elo indispensável entre seres humanos, mas em relação a faixas etárias à frente, o telemóvel é conquista tecnológica bastante recente; conquista, na época, surpreendente e até comovente para a grande maioria que acabara de alcançar o telefone comum, o de mesa, antes acessível apenas pelos de maiores recursos. Telefone não era para simples mortais! Felizmente, o mundo gira, sonhos existem, mentes se sintonizam, gente trabalha e o “milagre” se faz!
No crescente universo da tecnologia, uma novidade promete mudar a forma como se conecta e se interage com os dispositivos, no quotidiano. O AI Pin é a mais recente inovação, que busca simplificar a relação com a chamada inteligência artificial, apresentando-se como um pequeno e poderoso dispositivo, que se propõe a revolucionar a interação humana com a tecnologia. Antes de avançar com mais detalhes sobre a novidade, é bom adiantar o que poderá acontecer com o nome do dispositivo entre tupiniquins, bastante afeitos a brincadeiras e troças diante do novo.
AI Pin, em inglês, as duas primeiras letras significam Inteligência Artificial e Pin significa broche. Todo o conjunto se pronuncia “eiaipim”, mas de acordo com a grafia, em português, qualquer pessoa vai ler “aipim” e aipim é a conhecida mandioca.
E o que é coisa? Segundo entendidos da área, é um dispositivo compacto e inteligente; acrescentam eles, ser uma verdadeira joia tecnológica que se prende, com facilidade, à roupa do usuário, ou a algum acessório. Com um design discreto e elegante, esse aparelhinho tem grande capacidade de se conectar e interagir com uma variedade de dispositivos, desde smartphones até sistemas domésticos inteligentes. Dotado do que se convencionou chamar inteligência artificial avançada, o AI Pin é mais do que um simples acessório moderno. Ele se integra perfeitamente ao ambiente tecnológico, permitindo que se deem comandos por meio de gestos simples, como um toque ou um deslize de dedo. Imagine-se o controle da iluminação de casa, atendimento a uma ligação ou mesmo solicitação à assistente virtual favorita a realização de uma tarefa, tudo isso com um discreto gesto usando o AI Pin. Pode o mesmo dispositivo dar informações sobre o que o usuário tem nas mãos, incluindo-se aí até a quantidade de calorias de um alimento; nesse aspecto, por exemplo, será de grande utilidade para os obcecados com o peso corporal, acrescentando que o mesmo aparelhinho pode, ao fim do dia, dizer quantas calorias foram absorvidas nas últimas horas. Mediante projeção feita na palma da mão, a pequena engenhoca dá série de informações, de acordo com toques e gestos específicos do usuário.
Crê-se que, para os que têm a imaginação conectada à ficção, a novidade tecnológica é a apenas a realização de antigo sonho, mas para outros pode parecer algo suspeito, sinistra invenção do demo, assim como o primeiro automóvel, visto como a máquina do diabo. O lançamento estava previsto para este ano, mas como deste só restam alguns dias, espera-se que seja no próximo. Quanto ao preço, devido a divergências encontradas em informações, melhor aguardar, mas deverá ser um tanto salgado para os bolsos brasileiros: só de impostos a mordida será quase equivalente a outro aparelho!
A pergunta que muitos se fazem é se o AI in vem para substituir, em definitivo, os dispositivos existentes. Segundo a própria empresa, a resposta é não. Em vez disso, ele vem como adição complementar, oferecendo uma forma inovadora e conveniente de interação com os dispositivos. Sua proposta é simplificar e agilizar a maneira como se conecta à tecnologia, tornando-a mais intuitiva e acessível. Em resumo, o AI Pin promete ser muito mais do que um simples acessório. Com seu potencial inovador, ele abre as portas para uma nova maneira de interagir com a tecnologia, tornando-a mais próxima e amigável.
Os que se comprazem em “bicar” ou cavacar” o telemóvel, ainda que sem proveito algum, podem ficar tranquilos, pois não é desta vez que “morre” seu brinquedinho; a mesma tecnologia se expande um degrau acima, mas não tira o pé do degrau abaixo. O maior perigo pode estar na visão dos “lalaus” de rua, que podem elegê-lo como “fonte de renda”. Para “uma cervejinha”?