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Ponto de Vista do Batista
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Democracia aberta, já!

Cite-se, novamente, Simone Weil em sua opinião sobre partidos políticos: “Se confiássemos ao diabo a organização da vida pública, ele não poderia imaginar nada mais engenhoso”. Mais engenhosa não poderia ser a estratégia utilizada por partidos políticos, para se chegar ao resultado da eleição presidencial em 2022. Contra toda a lógica e demonstração dos números nas ruas, às claras, sem quaisquer subterfúgios dos vistos nas pesquisas, elegeu-se o candidato, julgado e condenado pelo envolvimento no, talvez, maior escândalo de corrupção do mundo. 
No caso, pode-se usar a mesma expressão, da qual se valeu o ex-presidiário, em diversas ocasiões: nunca antes se viu, na história deste país, um presidente eleito, cujo currículo é acompanhado por folha corrida policial, a famosa “capivara”! A que ponto chegou o país com o enaltecido “jeitinho brasileiro”, com a complacência aos criminosos, com a impunidade, com a covarde manipulação do povo em proveito da dominação pretendida por grupos políticos! O resultado dessa eleição é um escárnio à consciência nacional, independentemente do que possa ter acontecido no mecanismo da votação, pois, “suspeita-se” que o dito-cujo tenha sido “descondenado” e liberado da prisão como parte de plano, cuidadosamente, elaborado para fins de tomada do poder pela via legal. 
Por saberem, antecipadamente, que o atual presidente seria contrário a todos os esquemas espúrios e que enfrentaria o sistema, notoriamente corrupto, executou-se contra ele o atentado, parcialmente falho, muitas suspeitas acobertadas e sem solução convincente, até o momento. Desde aquele episódio, eleito e empossado, o presidente foi, diuturnamente, atacado, acusado, insultado, caluniado, ofendido e, não satisfeitos por ele não reagir, da forma que desejavam, os adversários tomaram também seus seguidores como alvos; estes foram calados, perseguidos, desmonetizados seus canais de comunicação, presos; tudo isso à margem da Constituição e das normas jurídicas. Por duvidar, criticar ou, simplesmente, falar sobre suposta inconfiabilidade das urnas eletrônicas, remetia-se seu autor à lista dos antidemocráticos, sujeitos a processo e prisão. Instalou-se, assim, um governo paralelo! 
Na campanha eleitoral vigorou a parcialidade favorável ao ex-presidiário e censura ao presidente, em tudo que se fazia como divulgação, por um e por outro.
Nunca se viu tanta deslealdade em eleições anteriores e nem tanto rancor a separar o que, antes, estava unido! Se antes não era democracia, de fato, agora o país se colocou é no umbral da mais insana ditadura, a julgar por página web colocada e imediatamente retirada do ar, talvez por engano, antes do segundo turno. O estágio politicamente crítico ao qual chegou o país se deve ao sistema político-partidário, que divide o que deveria estar unido, embora marcado por diferenças, sem relevância, quando não presentes partidos políticos. Assim como a espécie humana é marcada por múltiplas diferenças, porém una em sua essência, a nação brasileira é una e não merece ter seus cidadãos jogados uns contra os outros em nome de partidos ou de ideologias. 
Pensemos, cada um de acordo com seu nível de consciência; busquemos o conhecimento, cada um de acordo com sua capacidade intelectual; rezemos ou oremos, cada um de acordo com a religião escolhida; respeitemo-nos em nossas diferenças de pensamento, política, religião (ou não), cultura, posição social; sejamos do norte, do nordeste do centro ou do sul. Mas, antes de tudo, sejamos brasileiros sob a mesma bandeira, herdada dos construtores deste país.
Festivamente, de acordo com o espírito brasileiro e com as alegres manifestações populares, mais recentes, o povo deve voltar às ruas para pedir a abolição de todos os partidos políticos. Que se convoque uma constituinte exclusiva, à parte do Congresso Nacional, com a missão de elaborar a Constituição para uma democracia sem partidos, uma democracia aberta, a verdadeira democracia!
PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!

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