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Ponto de Vista do Batista
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Sem partidos políticos, novo Brasil!

Por Nylton Gomes Batista
Um sistema político destituído de partidos estaria muito mais ao agrado do brasileiro que, por tradição ou característica formada ao longo dos anos, costuma sufragar o candidato de sua preferência, sem muito se ater ao partido. Far-lhe-ia bem ainda o fato de, sem partidos, ficar livre do preconceito de natureza política. Ainda que camuflado, em razão da lei, resta muito do que, no passado, era escancarado, no setor público e no setor privado. 
Ao pleitear algo, ao cidadão convinha não emitir opinião política, se não soubesse qual era a linha da parte com a qual tratava. No setor público vigorava o QI (quem indica) e, no privado, costumava haver “interrogatório” como preliminar à análise e decisão. Emprego, por exemplo, costumava depender muito do lado em que o solicitante se situava. Nesse aspecto, o sistema se civilizou um pouco, deixando, entretanto, algumas ressalvas ocultas. 
Tudo bem, mas como seria a democracia aberta, um sistema político sem partidos? Para início de conversa, no sistema sem partidos, a pessoa seria eleitora, se quisesse e quando quisesse, a partir da maioridade; votaria se quisesse, a partir de onde estivesse (votação online). Ninguém sofreria qualquer restrição por não ser eleitor e, se eleitor, por não votar. A obrigatoriedade de ser inscrito como eleitor seria apenas para ingresso na categoria dos elegíveis a cargos eletivos. Para o ingresso nessa categoria, independentemente de sua condição, o eleitor (ambos os gêneros) faria prova de conhecimentos inerentes a todos os cargos eletivos, desde vereador até deputado federal e senador (categoria parlamentar) e de prefeito até presidente da República (categoria executivo). Ele faria a prova até o limite de sua capacidade, para se apurar a que cargo estaria apto. Além dessa prova todo candidato seria submetido a um teste psicológico. Candidato à obtenção de CNH se submete a teste psicológico. Se para dirigir veículo há necessidade de teste psicológico, por que não para quem pretende assumir responsabilidades de direção de uma coletividade? 
O eleitor participaria de todas as etapas eleitorais, começando-se pela indicação dos pré-candidatos. Eleito e empossado, o agente político ficaria sob a avaliação do eleitor que, periodicamente, o pontuaria, positiva ou negativamente, conforme sua atuação. Se sua pontuação caísse abaixo de determinado nível, o agente político perderia o cargo, automaticamente. Se tivesse incorrido em crime comum ou corrupção comprovada seria julgado pela justiça comum. Mau desempenho político seria, então, julgado pelo eleitorado, ficando para a Justiça o julgamento por crimes de corrupção; nada de encenação ou faz de conta para, no fim, tudo dar em nada, conforme tem acontecido. O povo estaria, de fato, no controle da política e na base do governo. A eleição, em si, deveria se processar em rede blockchain, a nova tecnologia que permite transações, administrações e votações em ambiente aberto e descentralizado, sem quebra de sigilo para os participantes. Para isso as urnas eletrônicas deveriam ser adaptadas e entrariam na mesma rede, que incluiria computadores pessoais e dispositivos móveis (celulares e similares), previamente integrados ao sistema mediante título eleitoral de cada um. À medida que o processo fosse se desenvolvendo, a urna eletrônica seria abolida. 
Na DEMOCRACIA ABERTA, eleitores poderiam votar, ainda que distante de seu domicílio eleitoral, mas portariam seu dispositivo integrado à rede blockchain do sistema. A blockchain, por sua transparência e acesso aberto a quem assim deseje, inspira a confiança necessária para que, por seu meio, se resolvam múltiplas questões concernentes às atividades humanas, incluindo-se aí eleições, rigidamente democráticas, sem perigo de qualquer fraude; a eleição, no caso, poderia ser fiscalizada por quem quisesse, sem qualquer interferência, quebra de sigilo ou invasão à privacidade do eleitor. A tecnologia blockchain tem o poder de revolucionar e mudar a organização da sociedade humana, levando-a outro patamar de desenvolvimento, embora possam surgir resistências pontuais e isoladas que, afinal, não contarão com força necessária para impedimento. Isso já se concretiza em gestão de empresas e de negócios.
PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!

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