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Ponto de Vista do Batista
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Estamos todos no mesmo barco LXXXIX

Pandemia da COVID-19, causada pelo novo coronavírus; epidemia de gripe fora do tempo; não seria, esta, subproduto da COVID-19? pergunta-se e não se afirma, para que orelhas patrulheiras não se ponham de pé; e, tome-se chuva além do esperado, uma vez que grande parte das pessoas não mais conhece as chuvas persistente, ditas “de invernada”, quando o chuveiro do céu se abria e assim permanecia por muitos dias, as vezes por mais de trinta. 
Curioso é que a COVID-19 parece ter adotado costume humano, consequência da “convivência” continuada por algum tempo. Ela está a comemorar aniversários. Surgida em ao final de 2019, atingiu o pico, decaiu a números então considerados sinais do seu fim, mas ao completar um ano, recrudesceu, ferozmente. Em 2021 comportou-se da mesma forma e, agora, ao completar dois anos, para infelicidade de toda a humanidade, ela comemora com outro recrudescimento. De lambuja, traz uma estranha gripe! Até onde isso vai?  Felizmente, o “bom senso” (pressionado pelo clamor popular) falou mais alto e o carnaval foi cancelado, fato que não teria lugar quando o carnaval era festa do povo, pelo povo, com o povo e para o povo, pois, espontaneamente, este se recolheria à prudência. Outros carnavais, haverá se houver vida! Preservar a vida se sobrepõe a qualquer interesse mundano, o que foi, mais uma vez, demonstrado por agentes de segurança, profissionais da saúde, voluntários e solidários, em geral, por ocasião das volumosas e prolongadas chuvas que, recentemente, caíram sobre grande parte do Brasil. 
Em Ouro Preto, mais uma vez, não tanto quanto em 1979, a população viveu momentos angustiantes, vendo as águas a produzir deslizamentos e, consequentemente, ameaçar residências fenômeno mais comum em cidades serranas, onde, praticamente, não há espaço para enchentes e alagamentos. Por ocasião de chuvas mais frequentes e volumosas, eventuais desalojados e desabrigados existem por força de deslizamentos e desabamentos. Como consequência de um desses deslizamentos, sobrado entre os mais belos, localizado nas imediações da estação ferroviária, foi engolfado, na manhã do dia 13, por uma avalanche de terra desprendida do Morro da Forca. Mas, a doer mesmo nas costas da população que usa o transporte coletivo, especialmente  a da vizinhança, foi mais essa interdição do terminal rodoviário, levando usuários a um ponto de embarque e desembarque improvisado, logo na entrada da cidade. Desta vez, o que se ouve é que está sob risco de desabamento; na vez anterior foi parcialmente destruída (com vítimas fatais) por avalanche de terra; e outras vezes por interdição da via de acesso. Tantas interdições em tempo relativamente curto, desde sua inauguração, só pode indicar uma coisa: que foi construída em lugar errado! 
Dito isso, acrescento mais, mesmo sabendo que “trezentões” do distrito-sede não vão gostar, sobretudo por ser o palpiteiro um “da roça”. Mas “num tô nem aí”! Sou o que sou e, conforme já disse outras vezes, não escrevo para agradar a quem quer que seja! Aos que gostam, muito obrigado pelo apoio, e, aos que não gostam, muito obrigado por terem lido! Mas, vamos lá: o local mais adequado para a estação rodoviária é em Saramenha e para lá deveria ser transferida. A própria entrada na cidade foi um erro, cometido ao se concluir a atual ligação rodoviária BH/OP. Ela desestabilizou a encosta da serra de Ouro Preto e estimulou a ocupação desordenada daquela área.  A entrada deveria ter sido feita por Saramenha, cujo acerto verificou-se, mais tarde, com a abertura do Contorno de Ouro Preto. 
Em Saramenha, fora dos domínios do IPHAN, projeto mais moderno, que incluísse também estacionamento para os ônibus de turismo, a nova estação se situaria perto da rodovia, facilitando à população da cidade o acesso às linhas itinerantes, da mesma empresa a que pertencem as linhas de Ouro Preto e de Mariana. Para muitos ficaria mais longe, é claro, mas para outro tanto ficaria mais perto, e daí? 
Os principais serviços de saúde, o hospital e a UPA já estão lá, um grande supermercado também, comprovando que grande parte da população já se acostumou com o deslocamento para aquela região, na busca de atendimento da parte de algum serviço. Logo, a estação rodoviária ali instalada seria um ganho, ressaltando-se que não haveria dificuldade na integração com o transporte coletivo urbano, que atende toda a cidade. Será que ainda teremos outra interdição?

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