Alguma dúvida de que o mundo, pouco a pouco, está sendo dominado pela China? Se ainda há, que se passe a consultar a etiqueta de procedência de cada produto adquirido, sobretudo os eletrônicos. Ainda há pouco, a inscrição “made in USA” era a constante, mas isso mudou; agora, o que se lê é “made in China”. Começaram com bugigangas, de pouco valor, até mal fabricadas, mas, logo os chineses avançaram por áreas específicas com produtos melhores e preços competitivos. A marca chinesa está, praticamente, em tudo. Na área política, ainda não, mas há um trabalho intenso no sentido de que o mundo caia aos seus pés. Que não nos iludamos nós outros!
Com a pandemia, “coincidentemente” de origem chinesa, a influência se ampliou com o comércio de tudo, que se sabe necessário ao combate à COVID-19. A China se tornou o grande fornecedor para um mundo desesperado, diante do quadro de quase impotência no socorro aos pacientes que superlotam os hospitais.
No início, quando a doença começava a se espalhar fora da Grande Muralha, aludia-se à teoria da conspiração, quando um ou outro dizia haver algo sinistramente político por trás daquela doença. O cuidado em não se fazer pré-julgamento impedia acreditar no que se ouvia. Era. sim, uma misteriosa doença que, logo, seria domada.
Depois de um ano, mais de três milhões de mortos, quatrocentos mil deles no Brasil e quebrada a economia, o pensamento mudou; mudou e tinha que mudar. Só não muda na cabeça de programados para só ver o que quer ser visto! O tal “corona”, até o momento, ainda não é bem conhecido pelos cientistas, mas onde nasceu, no gigante amarelo, ele não fez tanto estrago e matou muito menos gente, talvez menos de cinco mil. Como e por que os chineses conseguiram controlar, de forma tão rápida, algo que o resto do mundo não consegue depois de um ano? A China está tão tranquila que nem tanto se preocupa com a vacinação, tendo já vacinado não mais que 52 milhões do total de 1,4 bilhão de habitantes. As vacinas são mais para exportação e, curiosamente, maiores de 60 anos foram excluídos da vacinação, sob o argumento de não haver publicação de dados de ensaios clínicos em idosos. E no Brasil?
Bem, demos um salto para trás, no tempo, e vamos cair em 1959, em Ouro Preto. No intervalo de aulas do curso científico (uma das faces, então, do hoje chamado segundo grau), comentávamos sobre acontecimentos políticos. O Brasil vivia a euforia da construção de Brasília, sob a batuta do presidente JK, que tinha sua inauguração programada para o ano seguinte. Em Cuba, Fidel Castro tomara o poder e implantava o regime socialista, “guerra fria” EUA x URSS, se “aquecia” com o início da corrida espacial, URSS um pouco à frente mediante lançamentos bem sucedidos de vários artefatos ao espaço, incluindo-se o primeiro a se chocar com a lua. A Alemanha dividida em duas era o drama mais comovente da Europa; centenas ou milhares de famílias separadas por uma estúpida questão político-ideológico! Num dia festejava-se a fuga vitoriosa de alguém da parte oriental, noutro lamentava-se o fuzilamento de um infeliz ao tentar fazer o mesmo. Essas fugas e tentativas infelizes desaguariam, dois anos mais tarde, 1961, na construção do “muro da vergonha” a dividir Berlim. Tudo isso suscitava, naqueles estudantes a pergunta: de onde viria o domínio total? da URSS ou dos EUA? Eu tudo ouvia, sem opinar, mas diante dos dois presumíveis destinos políticos para o mundo, resolvi me meter: – o perigo não vem dos Estados Unidos e nem da Rússia, mas pode vir da China! – Foi risada geral. – “Como?”, “a China não tem nenhum poder para isso”, “é um país com fome” – A essa reação eu respondi: vocês se esquecem de que a China tem uma coisa: força humana! Se ela der um passo à frente na proporção dessa força, verão o que acontece.