Da turma do golo, poucos não devem ter sido os que desdenharam a advertência sobre a possibilidade de ocorrência adversa à saúde, causada pelo uso de bebida alcoólica após tomar vacina contra a COVID-19. Nenhuma intenção de ingerência na vida de alguém, mas além dos que se melindram com o alerta, há incautos inocentes, aos quais uma observação pode ser útil. Na verdade, cada um toca o barco da melhor forma que lhe convém, mas a sensatez não dispensa a boa orientação. Uso indevido do álcool, no tempo e espaço, sem falar do seu abuso, é o fator que, depois das drogas ilícitas, mais contribui para a degeneração do indivíduo e, consequentemente, do meio em que vive. Infelizmente, é verdade e necessária se torna sua aceitação, tanto pela vítima quanto pelos que a cercam. Contudo, ainda que a pessoa não seja vítima do álcool, que beba moderadamente, por que beber numa situação duvidosa, como essa, pela qual todo o mundo passa? É para essas pessoas que o aqui dito pode ter mais sentido; pode fazer acender a luz vermelha, para que tomem mais cuidado.
Não havia intenção de se voltar ao mesmo assunto e a ele não teria voltado se não fosse uma nota da ANVISA, de grande importância e gravidade, para ficar só nela, sem que seja bastante divulgada. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) o uso indiscriminado de paracetamol para alívio de dores e febre após a vacinação contra a COVID-19, pode levar a eventos adversos graves, incluindo hepatite medicamentosa e morte. Ainda de acordo com a mesma agência, febre e dores de cabeça e no corpo, que variam de leves a moderadas, são as principais reações observadas após a vacinação. De acordo com a ANVISA, o paracetamol deve ser usado com cautela, “sempre observando a dose máxima diária e o intervalo entre as doses, conforme as recomendações contidas na bula, para cada faixa etária”.
Pelo que se vê na nota, a coisa é séria e merece atenção, sobretudo, sabendo-se que brasileiro tem o péssimo hábito de se medicar por conta própria. Não poucos mantêm aquela “farmacinha” com analgésicos diversos, à qual recorrem por qualquer dorzinha de cabeça. Agora já sabem, se tomaram vacina anti-COVID-19, não tomem paracetamol, de forma indiscriminada, para combater a reação da vacina; o melhor mesmo é buscar orientação médica. Não dá para brincar com a saúde, quando se conhece o mal e o remédio, valendo esse cuidado multiplicado ao infinito quando os mesmos não são bem conhecidos, como é o caso do novo coronavírus/COVID-19 e respectivas vacinas. Cabe aqui voltar à turma do golo. Se remédio pode interagir mal com vacina anti-COVID-19, o que se pode dizer do álcool? Conhecendo seus efeitos e reações, em indivíduos e circunstâncias diversas, melhor evitar sua associação a qualquer das vacinas contra o novo coronavírus. Dentro em breve, o Brasil poderá entrar na fase da vacinação em massa, ou seja, toda a população de 18 a 59, anos, envolvendo a faixa etária, que mais consome bebida alcoólica. Se anda não ocorreram problemas, isso pode ser creditado ao fato de os vacinados, até então, estarem entre os que menos consomem álcool Até aqui, as vacinas foram destinadas aos maiores de 60, aos profissionais mais expostos aos riscos e portadores de comorbidades, mas, segundo o Ministério da Saúde, toda a faixa dos 18 aos 59 anos deverá estar vacinada ao se encerrar o ano de 2021 É bom que todos estejam conscientes dos riscos de uma reação adversa, decorrente da ingestão de bebida alcoólica depois da vacina.
Ainda não há relato, mas até mesmo a associação de alimento a alguma das vacinas pode causar manifestação adversa ao esperado, tudo a depender do organismo da pessoa. Gente, esta doença é ainda uma incógnita, um grande ponto de interrogação, para o qual não há todas as respostas; portanto, o melhor é tomar todo o cuidado para não se contagiar e não brincar com a vacina.