Aproxima-se a marca dos dois anos para a pandemia COVID-19, sem que se vislumbre, ainda que em teoria, o seu término ou, pelo menos, seu controle imediato. Contudo, os números já caíram e continuam a cair, o que suscita alguma esperança, sobretudo quando grande parte da população já se encontra vacinada.
Mas, será que essa queda se deve à vacinação? Crê-se que, em parte, sim, mas tendo a doença atingido extensa faixa da população, incluindo-se aí os assintomáticos, é possível que a pandemia já tenha atingido um ponto de saturação, a partir do qual a transmissão se enfraquece. Dentro de um quadro onde há mais dúvidas que certezas, a conjectura é livre. Não há dúvida de que a vacina é um recurso válido, mesmo sendo experimental e não definitivo, mas isso não foi claramente informado ao público pelas autoridades sanitárias. Isso deveria ter sido feito, desde o início, em contrapartida ao “bombardeio” sistemático feito por uma facção política, com a falácia de que a vacina imunizaria a todos. Se as demais vacinas conhecidas têm eficácia garantida, isso se conquistou mediante longos estudos e testes, o que não se pode dizer das vacinas contra a COVID-19, cuja causa, o novo coronavírus, ainda não foi plenamente dominado pela ciência. Se a causa da doença não é totalmente conhecida, conclui-se que “arma” contra ela também se desconhece; procura-se uma e enquanto não se encontra, vale todo e qualquer meio de defesa, depois da prevenção natural. Contudo, há que ter cuidado por parte de todos, desde os especialistas no assunto até o indivíduo que tem o direito de decidir entre vacinar-se ou não. Cada pessoa deve decidir, considerando, em primeiro lugar, sua própria condição de saúde.
Dizer que as vacinas contra a COVID-19 imunizam é enganação! Elas podem imunizar a uns, mas não a todos, da mesma forma que a doença à qual se destinam não atinge todas as pessoas. Quanto a isso, o caso do ministro da Saúde, infectado após receber as duas doses da vacina, é uma ironia, que deveria falar mais alto aos fanáticos da vacina, aos que defendem o tal “passaporte da vacina”. O ministro, vacinado, extremamente cuidadoso, parece que até dorme de “focinheira”, não escapou ao ataque do novo coronavírus, enquanto muitas outras pessoas, nem tanto cuidadosas, saúde debilitada por fatores diversos, tocam sua vida sem qualquer problema. Por que isso acontece? Talvez, a natureza ou o Poder Maior, por trás de si, queira dizer algo à humanidade, mais especificamente às suas lideranças, aos políticos: ninguém sabe nada de nada! Há muita ganância por poder e por dinheiro a atrapalhar; há muita vaidade à procura de holofotes; há muita imbecilidade achando-se inteligência; há muita arrogância a intimidar a subserviência; muita injustiça a imperar sobre o direito!
Ainda muito longe da realidade triste e cruel imposta aos judeus de então pelo regime nazista, a verdade é que a pretendida (em alguns países é realidade) discriminação dos “não vacinados” mediante o comprovante da vacina, para frequentar lugares públicos, nos faz lembrar aquela tirania, que levou a humanidade à Segunda Guerra Mundial. O que pode salvar “não vacinados” da humilhação a ser imposta pelo pretendido protocolo dos insensatos é o capricho do próprio novo coronavírus, que tem infectado a muitos dos vacinados, para dizer que o “passaporte” é uma besteira a mais criada pelo mundo político.
Mais um infectado depois de vacinado e, desta vez, é o próprio ministro da Saúde, que estaria livre para circular por onde quisesse, porque não seria contaminado e não contaminaria ninguém. Faltava acontecer a um homem público do alto da pirâmide, cuja vida é, praticamente, impossível de ser escondida.
De uma legião de vacinados, sem pedigree, posteriormente infectados, dentre os quais muitos foram a óbito, a mídia corporativa nada diz.
Como diz o homem simples, o mundo dá voltas e a vida continua! As coisas vão chegar nos eixos, embora alguns queiram o contrário. A pandemia dá mostras de perda de força e a economia aponta para a recuperação. Do Fundo Monetário Internacional – FMI vem um honroso elogio ao Brasil que, segundo seus especialistas, foi além do que se esperava. A corroborar essa boa notícia, o Fundo de Participação dos Municípios deve ter redistribuído, dia 30 deste, aos municípios brasileiros, uma quota 26% superior às anteriores. Mas, a contrapor ao agradável, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto – MTST invade e protesta na Bolsa de Valores de São Paulo. Curiosamente, o ato não foi considerado antidemocrático. Explica-se: não vestiam verde-amarelo, não portavam a Bandeira Nacional e nem cantavam o Hino Nacional Brasileiro!