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Ponto de Vista do Batista
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A bestialidade política no topo

Este texto é passado à frente de outro, pois prioridade existe também aqui, onde se trata da questão humana, em sua ampla diversidade. O tema do texto substituído está ligado ao da semana anterior, quando foi focalizada a atitude leal de um irracional em relação ao ser humano. Entretanto, o tema é algo similar, no sentido inverso, pois se trata do comportamento irracional, para não dizer bestial, do ser humano em relação ao seu semelhante. Na semana anterior focou-se a atenção na lealdade de uma gatinha à sua protetora. Nesta semana, trata-se da deslealdade e desumanidade de um político em relação ao seu próprio povo!
Alguém já disse que a política é como nuvem, em constante mutação de seu formato, que pode variar entre rebanho de mansos carneirinhos, a “pastar” no azul, até grande e compacta manada de búfalos a esconder a luz do sol; a segunda hipótese vem se configurando, gradualmente, na vizinha Venezuela, prometendo para qualquer momento uma terrível tempestade, se não ocorrer algum fenômeno com consequências adversas, fazendo-a dissipar-se. Analise-se, imparcialmente, a situação daquele país, antes a navegar num mar de petrodólares, formado pela abundância do petróleo, e, agora atolado no lodaçal para o qual foi conduzido pela inépcia do chamado “chavismo”, uma das várias estultices a medrar no mundo político. A população, quando não consegue escapar de suas fronteiras, está a morrer de fome, simplesmente porque não há comida; doentes são candidatos a defunto, por antecipação, porque não há médicos que os atendam, não há hospitais que lhes deem assistência, não há medicamentos que os curem. Quem quer e pode trabalhar não tem emprego. Só tem garantia de sobrevivência os que participam do governo ou rezam pela cartilha do Maduro, só no nome, porque, politicamente, está podre! O safardana,  político e pessoa, ultrapassou todos os limites do mau-caratismo, do desrespeito à pessoa humana, da deslealdade e de tudo que se possa imaginar contra o seu semelhante. Fechar as fronteiras para impedir a entrada de ajuda humanitária (alimentos e remédios), espontaneamente oferecida por outras nações, é o suprassumo da desumanidade e pode a ação ser configurada como tentativa de genocídio. Compare-se o ato do governo Maduro ao de indivíduo que encarcera alguém e lhe nega comida. Se realmente houvesse lei internacional, ou se a ONU funcionasse, o ditador venezuelano seria preso e condenado por tentativa de genocídio, assim como um indivíduo pode ser condenado por tentativa de homicídio, se impede que semelhante se alimente. O fato que mais exemplificou a desumanidade “madurenha” foi a ação da queima de dois caminhões, à retaguarda dos militares venezuelanos, que os liberaram na fronteira com a Colômbia. Ditos caminhões estavam carregados com víveres, e os militares da fronteira pareceram “bonzinhos” aos olhos da plateia. Não estariam combinados com os incendiários?  Obediência cega à irracionalidade e pura maldade, não aceitas nem em tempos de guerra! O governo Maduro prefere ver o povo venezuelano com a “boca-cheia-de-formigas” a ter que ceder um milímetro em sua insanidade, mas não teve escrúpulos em receber dinheiro externo, a título de financiamento de obras num esquema duvidoso com empresas também estrangeiras para, em seguida, dar o calote. Para não receber a ajuda humanitária, alega que comida está contaminada e que paga, na hora, toda a comida que o Brasil quiser lhe vender. Sujeitinho cara-de-pau: não paga o que deve e ainda conta bazófias!
Enquanto tudo isso se passa da fronteira para lá, no terreno “madurenho”, no lado tupiniquim, cientistas políticos se esforçam, não para justificar o injustificável, mas, para defender a petulância daquele ditador. Um deles, cheio de cuidados, como se a orientar alguém em depoimento à Justiça, diz: – é até perigoso chamar de ditador o presidente Nicolás Maduro. Ele não é ditador, pois foi eleito pelo povo – Ora, vá pro raio que o parta! Se Maduro não é ditador, quem é? Seu atual mandato foi conquistado em eleição convocada de forma irregular, pela Assembleia Nacional Constituinte, criada por ele à margem da Lei; dela não puderam participar partidos e candidatos da oposição; ele persegue a tudo e a todos que o contrariam; levou a fome e a miséria à população em situação de paz; acima de tudo, não reconhece Assembleia Nacional (Congresso), eleita democraticamente. Que mais é preciso para o seu regime ser uma ditadura? Os que dizem ser perigoso rotular Maduro como ditador são os mesmos que intitulam “ditadura” o regime de exceção, aqui implantado em 1964. Houve erros, nos dois lados, mas em nenhum momento faltaram alimentos e remédios ao povo; em nenhum momento, a população teve que emigrar em massa. Dos que se meteram na confusão, muitos tiveram que pagar, mas agora recuperam tudo com juros e correção monetária e … dentro da lei!

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