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Ponto de Vista do Batista
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Ensaio de futurologia IV

Dentro do padrão digital, ruas e avenidas do grande comércio, nas grandes cidades, poderão ganhar outra feição e passar a ter o público mais presente à noite, devido ao multicolorido das luzes e muito entretenimento paralelo ao comércio virtual; uma opção aos dispositivos pessoais, que poderão perder parte de seu glamour atual. Serão tantas as atrações, novas e menos repetitivas, que os dispositivos pessoais não exercerão o mesmo fascínio de hoje sobre as pessoas; passarão a ser usados, quase que só na comunicação pessoa a pessoa.
Voltando ao comércio de roupas, personalizadas ou novamente confeccionadas sob medida, a roupa climatizada (já existente hoje) terá ganhado espaço no mercado e estará ao alcance da maioria dos consumidores, para acabar com a dúvida muito comum, sobre o que vestir, onde a temperatura é muito oscilante. Com esse tipo de roupa não há perigo de morrer de frio, se a temperatura cai, ou se torrar de calor, se a temperatura sobe; regula-se a roupa para a temperatura ideal ou mais confortável ao seu portador. Tal tipo de roupa ainda é produto raro, mas deverá se popularizar dentro de alguns anos e mais procuradas deverão ser, quando o consumidor tiver contato mais direto com a produção, determinando, ele próprio, como deseja a roupa.
Quando vierem essas transformações, os serviços de saúde poderão ter avançado alguns pontos com mais assistência e menos internações, ficando estas para casos mais graves de doenças e pacientes de situação social instável. A depender do grau de risco de sua saúde e das condições de sua moradia, o paciente poderá receber assistência médica em domicílio, sendo ainda monitorado remotamente, graças a equipamentos móveis ainda por serem desenvolvidos para registro das condições do paciente. Hospitais poderão estar disponíveis, prioritariamente, para pacientes em situação mais grave e aqueles cuja situação social não permita o tratamento em domicílio. Quanto aos demais, não inclusos no quadro da assistência médica imediata, mas necessitados de acompanhamento do seu estado de saúde, poderão ter suas funções vitais monitoradas, remotamente, mediante pequeno dispositivo acoplado ao corpo ou por meio de microchip subcutâneo. Em caso de necessidade, o paciente seria alertado para procurar a unidade de assistência médica mais próxima.
Temos aí um paradoxo porque, se a Constituição diz que saúde é obrigação do Estado, este mesmo não consegue superar a situação de um SUS mal arrumado. O que se sabe é que, enquanto a ciência médica avança a jato, os políticos (que comandam o Estado) cambaleiam sobre casco de tartaruga; enquanto a medicina avança no século 21, a classe política ainda está na idade média. Desse jeito, é claro, vai ser difícil ter um quadro muito diferente do atual, na área da saúde pública! Entretanto, a partir do que se tem agora em tecnologia, a projeção feita seria uma das variantes no futuro, não mui distante.  
Em se tratando de saúde, cabe aqui resposta prévia a uma pergunta que muitos, naturalmente, farão com relação a cura de doenças. Há uma grande expectativa em torno da cura desta ou daquela doença, o que pode levar alguns a indagar por ela e quando, na linha do tempo futuro. Alerta-se, mais uma vez, que não se trata, aqui, de prever o futuro, porém apontar possibilidades, deduzindo-se o que pode acontecer a partir do que se tem no momento. As possibilidades aqui apontadas são conseguidas por meio de raciocínio lógico a partir dos recursos tecnológicos conhecidos. Não é o caso das doenças, cuja cura nem mesmo os cientistas podem prever se será e quando será plenamente alcançada; tudo depende de exaustivas pesquisas e experiências, em laboratórios, que os leigos nem conseguem imaginar! Seria muita irresponsabilidade qualquer tentativa de apontar uma cura no futuro! Contudo pode-se esperar, da revolução tecnológica, algum recurso que permita simplificar o trabalho e abreviar o tempo de pesquisas.
Outra transformação, na verdade, uma grande revolução, deverá se processar no campo do saneamento básico, permitindo o controle de doenças e evitando perigosas epidemias, causadoras de milhões de mortes nas regiões mais pobres do mundo. Já existe o vaso sanitário inteligente, desenvolvido sob patrocínio da Fundação Bill e Melinda Gates, que dispensa água e rede de esgotos, pois ele próprio processa os dejetos, transformando-os em fertilizante. O vaso sanitário em nova versão foi apresentado, mediante demonstração, por Bill Gates (fundador da Microsoft) ano passado, em evento especial na China.

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