Imagem: Freepik via Câmara Municipal de Itabirito / Victória Oliveira
Itabirito agora faz parte do movimento Banco Vermelho, uma campanha que transformou o luto em ação. A iniciativa usa bancos pintados de vermelho como símbolos de luta contra a violência doméstica e o feminicídio. A proposta foi oficializada por meio da Lei Municipal nº 4.457, de autoria do vereador Léo do Social (PSDB), e tem como objetivo promover a conscientização e ampliar a visibilidade do tema em espaços públicos e privados.
Criado na Itália, em 2016, o movimento nasceu da dor de duas mulheres que perderam amigas vítimas de feminicídio, como forma de manter viva a memória das vítimas e alertar a sociedade para a gravidade da violência de gênero. A cor escolhida carrega um simbolismo forte: é a cor da urgência, do alerta e do sangue. Mais do que um elemento visual, ele convida à reflexão. Mas a campanha ultrapassa a temática da violência física e também busca conscientizar sobre outras formas de agressão, como a violência psicológica, sexual, patrimonial e moral, que frequentemente antecedem ou acompanham os casos mais graves.
No Brasil, a iniciativa chegou pelas mãos de Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que também haviam perdido amigas vítimas de feminicídio. Desde então, a ideia se espalhou por diversas cidades e, em 2024, foi oficializada nacionalmente pela Lei Federal nº 14.942/2024, que instituiu a instalação de bancos vermelhos como parte da política de enfrentamento à violência contra a mulher.
Agora, o projeto também pode se tornar uma ação permanente de conscientização em Itabirito. A iniciativa prevê a instalação de bancos vermelhos em locais de grande circulação, acompanhados de mensagens de impacto, orientações sobre os tipos de violência e informações úteis, como o número do Disque 180 e canais de denúncia.
“A instalação de bancos vermelhos tem se mostrado uma ferramenta eficaz para sensibilizar a população e incentivar a denúncia de casos de violência doméstica e familiar. A adesão ao projeto em Itabirito contribuirá para o fortalecimento das políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher”, destacou o vereador.
Os bancos poderão ser instalados tanto em espaços públicos quanto privados, mediante autorização da Prefeitura, e podem incluir a identificação de instituições parceiras comprometidas com a causa.
