Imagens: Paula Karacy / Marcos Delamore
Uma década após ser soterrado pelos rejeitos de mineração da barragem de Fundão, o subdistrito de Bento Rodrigues, nesta quarta-feira (5), foi palco de homenagens e protestos de famílias e moradores da região.

A Capela de Nossa Senhora das Mercês, marco das tradições religiosas local e símbolo de resistência, por não ter sido atingida pela lama, recebeu fiéis, parentes das vítimas, atingidos e visitantes em torno da celebração de uma missa na qual as vítimas do rompimento da barragem de Fundão foram lembradas. Os nomes das dezenove pessoas que morreram no desastre foram estampados em cruzes e fixadas aos pés de uma grande cruz de madeira.

Uma romaria em direção às ruínas da Capela de São Bento foi acompanhada por centenas de participantes, que carregaram a cruz de seis metros em memória das vidas interrompidas no dia 5 de novembro de 2015.

Da alegria, calmaria, e tradições culturais ao cenário desolador e de completa devastação. A imagem que restou da comunidade tricentenária foi de destroços, ruínas repletas de mato e silêncio.
Considerada a maior tragédia ambiental do país, o rompimento da Barragem de Fundão deixou marcas que não se cicatrizam e não caem no esquecimento dos moradores daquele povoado e dos brasileiros. O dia 5 de novembro ficará eternizado na história do Brasil.
