“Ela falou foi prá você”.
Quando ouvi esta frase, a princípio não entendi. Não sabia o que tinha sido falado e muito menos quem seria “ela”.
O interlocutor mostrou-me então um print sobre textos, colunas em jornais, escritores, cronistas. Um amontoado de ideias difíceis de entender. Se era “para mim” ou não, não consegui detectar, porque a postagem se referia a várias questões distintas. Talvez eu estivesse entre os escolhidos para as indiretas, talvez não e, sinceramente, não me interessou saber.
A pessoa que me mostrou explicou que esta era uma prática da autora da postagem, cuja foto logo identifiquei.
Eu ri e disse que poderia ser para mim e centenas de outras pessoas, afinal quantos escritores, colunistas e cronistas existem no mundo?
No mundo virtual existe uma espécie bastante divertida, que tem tempo de ficar acompanhando a vida dos outros para “cutucar” em redes sociais. Na falta de algo positivo para fazer, preferem acompanhar o trabalho dos outros com o único objetivo de criticar. Nesta lista envolvem artistas, comunicadores, jornalistas, escritores, pessoas conhecidas e pessoas comuns, famosas e anônimas.
Brinquei com o meu amigo que estava me sentindo importante por merecer esta deferência, uma vez que existem vários canais do youtube especializados em comentar a vida de famosos. Rimos muito e eu brinquei “quem sabe é assim que começa e eu viro celebridade um dia”?
Meu amigo disse que quando me contou pensou que eu poderia ficar chateada. Expliquei que talvez em outra época, mas não atualmente. Não em um mundo já tão cheio de desavenças e problemas. Prefiro encarar este tipo de situação com bom humor e me divertir com ele.
Pessoas para criticar sempre existirão, dentro e fora das redes sociais, mas sempre existirão também os positivos, os que agregam, que somam, e isto faz tão bem, prá que perder tempo com gente negativa?
Outra coisa muito comum, que já existia muito antes da internet, são as tais “indiretas”. Coisa mais infantil, digna de gente sem conteúdo, sem capacidade de conversar, debater, argumentar seu ponto de vista. Indireta é coisa de gente insegura.
No mundo virtual, como no real, existem pessoas de todos os tipos. Cabe a cada um optar pelo que quer ler, assistir, ouvir e dar atenção ou não. Ninguém é obrigado a nada e as opções são muitas, não existe a menor necessidade de nos prendermos ao que não nos faça bem, muito menos indiretas. Ignorar é bem melhor.
Obviamente, tudo isto dentro do limite do aceitável, em caso de crime, medidas cabíveis são tomadas, mas, fora isto, o melhor a fazer é não levar a sério e seguir em frente.