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A lenda do bom rei e seus leais súditos

Por Valdete Braga
Reza a lenda que havia um rei extremamente humano e compassivo, que era também dotado com habilidade e poder para governar. O rei estava sempre interessado a respeito do bem-estar dos seus súditos e fazia o seu melhor para resolver quaisquer problemas ou curar quaisquer doenças que confrontavam o seu povo. Como resultado, seu povo o amava e era aplaudido em altas vozes, cada vez que aparecia em público.
Infelizmente, havia um poderoso e mau demônio que estava invejoso, tanto do sucesso do rei como da admiração que seu povo tinha por ele. O demônio estava determinado a alterar esta situação, de modo que as pessoas sofressem e passassem a odiar o seu rei. Então, o demônio fez uma agourenta luz aparecer no céu.
Este sinal significava que nos próximos doze anos não iria chover no reino, e não haveria mais colheitas. Assim, o estoque de alimentos acabaria e muitos morreriam de fome.
O rei ficou profundamente perturbado, mas estava determinado a fazer o melhor que pudesse para salvar o seu povo. Ele convocou seus ministros e ordenou-lhes que distribuíssem amplas quantidades de alimento para o povo, de uma maneira equitativa. Fez também saber que todas as pessoas, tanto ricas como pobres, receberiam iguais quantidades de alimento para comer. Não havia exceções para esta regra e mesmo ele, o rei, teria a mesma ração diária, assim como o mais humilde dos servos. Como sentia que todos os homens eram inerentemente iguais, deveriam ter as mesmas oportunidades e benefícios e deveriam passar pelos mesmos sofrimentos.
A seca começou e durou por muitos anos, mas, com o tempo, a provisão de alimentos começou a declinar dramaticamente, até que sobrou só o suficiente para dar a cada pessoa uma pequena refeição. As pessoas disseram entre si: “Devemos estar gratos ao rei pelo fato de termos sobrevivido tanto. Ele tem feito o máximo para nos salvar e ninguém poderia ter feito melhor. Quando chegar a ocasião da nossa última refeição, vamos ao castelo e agradeçamos pessoalmente a ele. Morramos juntos com ele”. Então reuniram-se em volta do castelo e gritaram:  “Senhor, tenhamos nossa última refeição juntos”.
Assim que falaram, contudo, o céu subitamente encheu-se de nuvens, o sol desapareceu, e começou a trovejar. Todos esperavam que caísse uma chuva a qualquer momento, mas ao invés de chuva, começaram a cair alimentos do céu. Pães, legumes, carnes – todas as formas de alimentos imagináveis – choveram sobre as pessoas. Juntamente com os alimentos, choveram ouro, prata e joias de todas as espécies.
O sofrimento do povo tinha chegado ao fim e desde então o país viveu em paz e prosperidade. Os deuses estavam recompensando ao rei e seus súditos por sua Fé. Todos compreenderam que um país cujo povo se une sob uma boa liderança conhecerá a verdadeira felicidade, que nunca cessará de florescer.

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