Marcos Delamore
A Câmara Municipal de Ouro Preto, em caráter especial, realizou mais uma edição da Tribuna Livre, durante a 63ª Reunião Ordinária de 2025. A Associação de Moradores do Antônio Dias (AMADIAS), representada pelo presidente Rogério Fernandes, fez uso do espaço e apresentou um dossiê contendo informações sobre o futuro de um casarão secular do bairro, que preserva um legado e parte da história da Cidade Patrimônio Mundial.
O documento, intitulado por “Consulta comunitária com reflexões sobre o uso público do Casarão do Vira Saia e seu terreno”, resgata a memória do espaço e destaca os esforços e a colaboração de moradores da comunidade do Antônio Dias para manter viva a história da construção e para o proveito e finalidade futura do espaço.
Em entrevista ao jornal O Liberal Inconfidentes, o presidente da AMADIAS, Rogério Fernandes, reiterou sobre a importância das demandas dos moradores serem atendidas. “Para a nossa surpresa, na reunião que ocorreu na semana passada, o Instituto Pedra, a partir de todos os documentos que a gente enviou com nossas demandas, acolheu muito disso no pré-projeto que foi apresentado”.
O dossiê revela que o Casarão do Vira Saia pode vir a se tornar um lugar acessível e multifuncional, haja vista a sua intensa relação de afeto e potencialidade de vínculo entre o passado e o futuro. Segundo os dados divulgados, há uma grande demanda por espaços culturais, educativos, esportivos e de convivência para o bairro. As sugestões passam pelo uso como anfiteatro, creche, quadra para a prática de esportes, horta comunitária, centro cultural e museu.
Rogério enfatizou a expectativa da AMADIAS para o futuro da construção histórica do bairro. “A nossa expectativa, agora, é de que a entrega do Casarão do Vira Saia se concretize e que a Prefeitura consiga os recursos necessários, porque não é uma obra de custo baixo. E tão importante quanto o restauro do Casarão é a questão da creche da Dona Hermínia, que vai ser implantada no terreno”, concluiu.
Rogério Fernandes, presidente da AMADIAS, apresenta dossiê no plenário da Câmara Municipal de Ouro Preto/ Imagem: Marcos Delamore