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A lenda do prato de ouro

Diz a lenda que dois vendedores concordaram em dividir a área da cidade onde viviam, para realizarem as suas vendas. Um sairia primeiro com sua mercadoria e, após realizar as vendas, o outro poderia tentar também vender naquela parte da cidade já visitada anteriormente pelo primeiro.
Um dia, enquanto um deles passava por uma rua, uma pobre menina o viu e pediu a sua avó que lhe comprasse um bracelete. A velha senhora respondeu que elas eram pobres e não tinham como pagar, ao que a menina retrucou: ” Não temos dinheiro, mas podemos dar nosso velho prato enegrecido pela fuligem.” A velha senhora concordou em fazer uma tentativa e convidou o negociante a entrar.
Ele percebeu que elas eram pessoas muito pobres e não quis perder seu tempo com elas. Embora a velha senhora tenha suplicado, ele disse que não tinha nenhum bracelete que ela pudesse comprar. Então ela perguntou: “Nós temos um velho prato que não nos é útil. Não poderia negociá-lo por um bracelete?” 
O homem pegou o prato e, enquanto o examinava, viu que por baixo da negra fuligem havia um prato de ouro! Não deixou transparecer o que descobriu e decidiu iludir aquelas pobres pessoas. Então ele disse: “Isto não tem valor, não vale um bracelete, e eu não quero isto!” E saiu, pensando que poderia retornar depois e elas aceitariam muito menos pelo prato.
Mais tarde, o outro vendedor dirigiu-se àquela área, conforme eles haviam concordado. Acabou passando pela mesma casa. A mulher viu que este comerciante parecia ser amável e sensível e pensou: “Este parece ser um bom homem, não parece ser como aquele grosseiro vendedor de antes.” 
Convidou-o a entrar e ofereceu o mesmo velho prato enegrecido pela fuligem em troca de um bracelete. Ao examiná-lo, ele também viu que o prato era de puro ouro por baixo da fuligem, e disse para a velha senhora: ” Todas as minhas mercadorias não valem tanto quanto este rico prato de ouro!”
A mulher ficou chocada com a descoberta, mas teve certeza de que ele era um homem bom e honesto. Disse que ficaria feliz em aceitar qualquer coisa que ele oferecesse em troca. O vendedor lhe respondeu: “ Eu lhe darei toda a minha mercadoria, e mais todo meu dinheiro, gostaria de ficar apenas com oito moedas e uma sacola para colocar o prato dentro”.
Fecharam negócio e o vendedor seguiu adiante em direção ao rio, onde pagou ao barqueiro as oito moedas, para atravessá-lo à outra margem, onde iria recomeçar a vida após vender aquele prato de ouro por um bom dinheiro.
Quando o vendedor ganancioso retornou à casa da avó e neta para tentar enganá-las e trocar o prato de ouro por alguma coisa sem valor, elas lhe contaram que já o haviam trocado por toda a mercadoria do vendedor honesto. Irritado, ele percebeu que sua desonestidade e ganância o derrubaram.

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