Definida a data das eleições municipais para o dia 15 de novembro, este ano teremos uma campanha eleitoral atípica, devido ao período de quarentena, que se estende além do esperado. Mais do que nunca, a internet ocupa espaço já na pré-campanha, uma vez que tudo leva a crer que não haverá o “corpo a corpo” de todos os anos.
Candidatos e cabos eleitorais já se manifestam nas redes sociais, alguns com a devida responsabilidade, outros nem tanto, e por aí já se pode ter uma idéia do que esperar quando as campanhas começarem, de fato e de direito. Tanto para o executivo quanto para o legislativo, a forma como os candidatos e seus apoiadores comportam-se agora são um forte indicativo de como se comportarão depois, se eleitos.
Mesmo que ainda não sejam campanhas oficias, “in off” já começam as estratégias de bastidores. Alguns declaradamente, outros nem tanto, mas os candidatos ao pleito que se aproxima já estão em campo, em busca de votos. Nesta busca existem, e ainda bem que existem, aqueles que o fazem dentro da ética e respeito, mas existem outros, cuja preocupação com o decoro é quase nula. Isto é triste, e muitas vezes, no afã de “debater” virtualmente, cabos eleitorais entram em uma verdadeira guerra, com trocas de acusações e ofensas que não esclarecem nada e criam um clima nocivo ao seu próprio candidato.
Postura adequada não deve ser exigida ou praticada apenas por políticos ou aspirantes a cargos públicos, mas estes, por ficarem mais expostos, são mais cobrados, e é natural que assim seja. Dói aos olhos e aos ouvidos ver ou ouvir quem quer que seja “debatendo” aos gritos ou desferindo enxurradas de palavrões, mas quando os xingamentos partem de pessoas públicas ou seus apoiadores, a situação fica ainda pior.
Educação e respeito são bases para tudo na vida, e quem não consegue se colocar sem estes dois, já começa perdendo, qualquer que seja a sua posição. Discordância pode ser saudável e é um dos pilares da democracia, mas esta discordância precisa ser feita com ética e responsabilidade.
Já se foi o tempo em que se ganhava no grito, mas infelizmente alguns ainda não entenderam isto. Sentados na frente do computador, sentindo-se protegidos atrás de uma tela, acham que podem sair desferindo ofensas, gritando, acusando e apontando o dedo, quando não concordam, ou querem “derrubar” alguém. Estes, quero crer que sejam minoria, não entenderam ainda que quem tenta vencer pelo grito, perde para o argumento. Isto serve para A ou B, situação ou oposição. Educação não tem partido.