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Música e descanso: é possível conciliar?

Música e descanso: é possível conciliar?

Público da ExpoOuro no Clube do Cavalo, em maio de 2025. Imagem: Victória Oliveira / Por Victória Oliveira

Moradores de Cachoeira do Campo reclamam do volume das festas no Clube do Cavalo, enquanto a entidade afirma seguir as normas de controle de som

No último fim de semana, o Clube do Cavalo de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, recebeu uma programação musical variada que reuniu moradores e visitantes. O espaço, conhecido por sediar a ExpoOuro e outros eventos de grande porte, é um dos principais pontos de lazer e cultura da região.

Enquanto muitos aproveitaram as apresentações, alguns moradores de bairros próximos relataram que o som chegou muito alto até suas casas e atrapalhou o sono. Para parte deles, o volume teria causado incômodo, especialmente a idosos. “Parecia estar dentro de casa”, afirmou uma moradora que preferiu não se identificar. Já outros disseram ter ouvido as músicas, mas sem prejuízos para o descanso.

De acordo com a legislação municipal, eventos em clubes autorizados devem manter o som até 75 dB(A), enquanto áreas de realização de eventos oficiais, até 90 dB(A). Na prática, esse nível pode ser percebido a até 2 km de distância, especialmente em locais silenciosos e de edificações mais baixas, como Cachoeira do Campo.

O Clube do Cavalo, por sua vez, afirma que cumpre a legislação e mantém acompanhamento técnico para garantir que o volume permaneça dentro dos limites: “O Clube do Cavalo informa que todas as atividades e eventos promovidos em suas dependências observam rigorosamente a legislação vigente aplicável à emissão sonora, em especial as normas municipais, estaduais e federais pertinentes. Os profissionais de sonorização contratados utilizam equipamentos devidamente calibrados e realizam monitoramento contínuo”.

“Reafirmamos nosso compromisso com a transparência, o diálogo e a melhoria contínua de nossas práticas, mantendo-nos permanentemente abertos a sugestões e a iniciativas que visem harmonizar a realização de eventos com o bem-estar coletivo”, completou o grupo.

Assim, o equilíbrio pode estar no respeito mútuo: compreensão da população quanto à realização de eventos e responsabilidade dos organizadores no controle do som, garantindo que a festa não precise parar para que a comunidade também possa descansar.

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