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Pra Ouro Preto, Nando Reis guardou o Amor

Pra Ouro Preto, Nando Reis guardou o Amor

Imagem: Marcos Delamore / Por: Marcos Delamore

Ouro Preto, a Cidade Patrimônio Mundial, foi palco de um fim de semana memorável, que uniu história, cultura, arte e música. O Festival Tudo é Jazz, em sua 23ª edição, presenteou a população da cidade histórica com uma programação especial e repleta de apresentações gratuitas e homenagens às cantoras símbolos do jazz.

A riqueza das ruas e dos prédios históricos, a tradição dos casarões e a beleza da paisagem arquitetônica do município se converteram em cenários apropriados para receber os artistas, que são patrimônio da música e da arte nacional e internacional. Durante as apresentações, foram perceptíveis as emoções, os sentimentos e os encontros inéditos que o evento proporcionou para o público presente.

Unindo tradição à inovação e conectando pessoas de diferentes gerações, o festival foi um verdadeiro intercâmbio cultural e de valorização e democratização da arte. O Tudo é Jazz promoveu uma combinação entre os mais variados estilos de jazz do Brasil e do mundo, e encantou a comunidade local com espetáculos de Nando Reis, Izzy Gordon, Juarez Moreira, The Velvet Kings, Cliver Honorato, Dixieland, Willian Evans Trio e muitos outros.

A cerimônia de abertura do festival aconteceu, no dia 07 de agosto, no espaço FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), localizado junto ao centro histórico da Praça Tiradentes. O ambiente recebeu a exposição “Ella & Dolores”, de Ronaldo Fraga e Rodrigo Januário, em homenagem a duas mulheres ícones da história do Jazz, Ella Fitzgerald e Dolores Duran. Além disso, contou com a presença de autoridades municipais, das principais personalidades do evento e da atriz Maitê Proença, convidada especial.

O Prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV), abordou o aspecto histórico musical, que se mantém vivo na cidade. Ele relembrou Vinicius de Moraes e outras figuras conhecidas para enaltecer Ouro Preto como “cidade dos festivais”. “Ouro Preto é Patrimônio Mundial, uma cidade visitada pelo mundo inteiro, reconhecida e admirada. Ouro Preto é uma cidade cultural, um espaço cultural vivo. Que este festival perdure sempre e que Ouro Preto continue sendo a ‘cidade dos festivais’”, celebrou.

Na abertura oficial das apresentações, comandada por Juarez Moreira, a Casa da Ópera, o teatro mais antigo em funcionamento das Américas, atingiu sua lotação máxima para reviver os clássicos do gênero musical e as composições de um dos músicos mais respeitados e de renome da música instrumental brasileira.

Durante o segundo dia de espetáculos, aconteceram oficinas, workshops e apresentações de Duo Sangue Latino, The Velvet Kings e Nando Reis. O cantor Nando Reis, por onde anda, deixa uma lembrança e ficará na memória das três mil pessoas que ocuparam a Praça Tiradentes, o coração histórico de Ouro Preto, para acompanhar o repertório musical com os sucessos consagrados do artista.

Estranho seria se Nando Reis não se apaixonasse por Ouro Preto. Nada melhor do que um patrimônio recebendo outro. A combinação entre o artista e o palco de eventos históricos e importantes para a formação do país foi um dos destaques da programação multicultural da festividade. A presença de um dos expoentes da música brasileira na cidade histórica integra a turnê “Nando Hits”, lançada em 2023, para revisitar os momentos mais marcantes da trajetória de 40 anos do cantor.

Dando continuidade às comemorações de 23 anos do festival, oito apresentações atraíram a presença do público, como: DJ Calixto e Nós Nus, Dixieland, William Evans Trio (EUA), Lívia & Fred, Corpo Cidadão, Trio Choro Negro, Cliver Honorato, e Izzy Gordon e Big Band – Tributo a Ella Fitzgerald e Dolores Duran.

Encerrando as atividades do Tudo é Jazz, no dia 10 de agosto, as atrações foram: o Cortejo Radiant Jazz Band, Camila Rocha e Filó Machado. O impacto do evento foi sentido na economia local, tendo a ocupação de hotéis, pousadas, restaurantes, bares e outros comércios vendo suas vendas dispararem ao longo do final de semana, consolidando o papel estratégico da cultura na geração de emprego e renda.

O festival, considerado um dos melhores do mundo, ocupou os principais cartões postais de Ouro Preto, como a Praça Tiradentes, a Casa da Ópera, a Casa de Gonzaga, o Largo do Rosário e do Cinema, e o Centro Acadêmico da Escola de Minas.

O secretário de Cultura e Turismo de Ouro Preto, Flávio Malta, ressaltou o papel dos eventos e refletiu sobre o festival e o momento atual vivido pela cidade histórica. “Tudo é Jazz 2025, uma grande homenagem a Dolores Duran, aqui em Ouro Preto. Tudo é Jazz é pela cidade: na Praça Tiradentes, na Casa da Ópera, no Largo do Rosário, no CAEM e por toda a cidade. Nós somos Tudo é Jazz. Ouro Preto recebe, mais uma vez, esse evento com grandes artistas e grandes nomes da música, fazendo mais movimento e atração de turismo, promovendo o desenvolvimento turístico”, enfatizou.

De origem ouro-pretana, o festival de música completa vinte e três anos de existência em 2025. Para celebrar essa comemoração especial, o Tudo é Jazz, após percorrer a Cidade Patrimônio Mundial, será realizado também de 15 a 17 de agosto em Itabirito; 23 e 24 de agosto em Congonhas; 13 e 14 de setembro em Ouro Branco; e de 19 a 21 de setembro em Grão Mogol.

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