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Projeto de saneamento ecológico em distrito de Mariana ganha destaque nacional e será apresentado na COP30

Projeto de saneamento ecológico em distrito de Mariana ganha destaque nacional e será apresentado na COP30

Cachoeira do Brumado tinha ficado inviabilizada para banho tempos atrás. Imagem: IFMG Ouro Preto

Por: Amanda de Paula Almeida

O projeto “Saneamento Participativo: Proteção à Saúde e Geração de Trabalho e Renda em Comunidades Rurais do Distrito de Cachoeira do Brumado (Mariana/MG)”, desenvolvido em parceria pelo Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e Universidade Federal de Viçosa (UFV), ganhou projeção nacional após ser apresentado no InovEPT 2025, encontro nacional de inovação e empreendedorismo na educação profissional e tecnológica. A iniciativa também foi selecionada para se apresentar na COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que ocorrerá em 2025, em Belém.

Projeto foi feito em conjunto com a comunidade. Imagem: IFMG Ouro Preto

O projeto foi desenvolvido entre 2022 e 2023 e implantado no distrito de Cachoeira do Brumado, em Mariana. Um dos principais resultados da parceria foi a construção de fossas ecológicas do tipo TEvap, um sistema de tratamento de esgoto que utiliza processos naturais para decompor a matéria orgânica e reduzir o impacto ambiental.

As fossas foram feitas envolvendo ativamente a comunidade local e com foco em uma proposta de baixo custo e replicação, usando materiais alternativos como pneus usados e resíduos da pedra-sabão, para colaborar no tratamento do esgoto doméstico.

Segundo o professor Luciano Miguel Santos, docente do IFMG Campus Ouro Preto e um dos coordenadores, a interdição da cachoeira local em 2015, devido à má qualidade da água, trouxe sérios prejuízos à saúde pública e à economia do distrito, afetando diretamente o turismo, a agricultura familiar e a comercialização do artesanato. “Com a implantação das fossas ecológicas, a comunidade foi capacitada e mobilizada, resultando em melhorias significativas na qualidade da água, redução de doenças de veiculação hídrica, retomada das atividades turísticas e valorização da produção artesanal local”, explica.

Os recursos que viabilizaram a iniciativa são oriundos do edital interinstitucional IFMG–Ufop–UFV, com financiamento do Ministério Público do Trabalho, como parte das medidas compensatórias à tragédia ambiental na Bacia do Rio Doce ocasionada pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015.

Fonte: Comunicação IFMG Campus Ouro Preto

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