O COMPORTAMENTO das pessoas na vida em comum, especialmente social, é bem variado. O agrupamento humano de pessoas em geral, tem normas naturais que precisam ser observadas, para se viver harmoniosamente. Entretanto, há momentos, há pessoas que não sabem desfrutar com equilíbrio desta situação. Há pessoas que se ofendem até por informação, às vezes absurda, quase “futriqueira”. Há pessoas que gostam de ver o circo pegar fogo. Há pessoas que atiçam, acendem a fogueira e caem fora. Há pessoas que não podem ver a ordem, a harmonia, a paz, o amor, a cordialidade, a solidariedade, o bem-estar comum. Têm que futricar, têm de lançar a semente do joio na seara de trigo. Têm que interferir para prejudicar, para criar o ambiente de desconfiança, desordem, inimizade, desunião, infelizmente. A futrica é uma peste na vida social cotidiana.
NÃO SE SABE o que ocorre no íntimo da pessoa futriqueira. Ela espalha a cizânia na seara alheia, sem o menor pejo. Sua atitude em termos comportamentais é de um terrorista suicida. É um camicase da vida comum. Será ele um simples gozador da vida? Será ele um elemento perverso? Será um necessitado, fruto de uma sociedade injusta? Será ele um inimigo gratuito da felicidade alheia? Será um gozador barato da vida? Será um psicopata? Será um aproveitador do sucesso alheio? Será um simples invejoso? Será um aproveitador de ocasião? Será um impiedoso? Será um elemento satânico? Será um necessitado? Será um bandido? Será uma pessoa simplesmente levada pelo instinto maldoso? Será um vingador social? Não sei.
É facilmente reconhecido na vida social. Ainda bem. Torna-se mais fácil evitá-lo. Destes é preciso estar bem distante, bem longe. Este tipo de pessoa – bem poucos, graças a Deus – desperta a violência. A pessoa, vítima destes exploradores da vida alheia, muitas vezes, é levada a tomar uma atitude extrema, para conter o avanço do futriqueiro. O que se ouve na vida ordinária, da parte do ofendido, é quase sempre isto: vou quebrar a cara dele. À vezes, com toda a razão. É difícil para a situação destes falsos amigos da vida comum. O melhor é afastar-se deles. Abandoná-los. Não ligar para suas palavras insensatas. Não se misturar com o joio, isolá-los da convivência comunitária, até que aprendam a viver, sem ofender, sem inventar, sem criar absurdos sociais. Não é necessário quebrar a cara de ninguém.
ENFIM, é melhor refletir sobre o que mais necessitamos na vida. Um “autor desconhe- cido” deixou escrito o seguinte: “Nós necessitamos de:
-Uma borracha, para apagar de nossa história tudo que nos desagrada;
-Uma tesoura, para cortar tudo aquilo que nos impede de crescer;
-Um jarro, para conservar o carinho e amadurecer o amor;
-Agulhas grandes, para tecerem sonhos e ilusões;
-Um relógio, para mostrar que é sempre hora de amar;
-Um cofre, para guardar as lembranças construtivas e edificantes;
-Um pássaro, pra nos ensinar a voar alto e cantar com liberdade;
-Um espelho, para admirar uma das obras mais perfeitas de Deus: nós mesmos!”