HÁ UM PROVÉRBIO que desafia o tempo, cujo conteúdo é “Se a juventude soubesse, e se a velhice pudesse”. A juventude, fase encantadora da vida, dos sonhos e dos ideais, sempre abre um espaço saudoso da vida dos idosos. É uma época que exige dos pais, dos mestres, muita compreensão, carinhosa orientação e, sobretudo conversação para enxergar, apoiar e ajudar a corrigir seus problemas próprios desta fase impulsiva e decidida. É uma época de grandes possibilidades, mas também de provas que exigem a presença orientadora dos pais.
Não basta estar presente fisicamente, é preciso, com delicadeza e firmeza e muita sensibilidade, ajudar, corrigir, apontar caminhos, em seus campos biológicos, psicológicos, sociais e de escolha de uma profissão, sem negar-lhes os meios necessários possíveis.
LI UM ARTIGO da Dra. Dora Lúcia Nascimento da Rocha Loures que, sabiamente pondera que: “A adolescência se defronta com uma terra prometida que também é estranha. Qualquer que seja a ajuda que os maiores lhe deem, não lhe podem desbravar por completo o caminho, nem preparar um lugar na vida para o adolescente. Os adolescentes precisam descobrir-se a si mesmos, descobrir suas capacidades e limites, e achar o papel que lhes cabe no mundo adulto”.
O mundo de hoje, com o uso aberto, amplo e universal dos meios de comunicação, mostra ao jovem adolescente uma infinidade de vias e caminhos, os mais diversos possíveis, nem sempre fáceis, mas que exigem conhecimento, estudo, dedicação e disposição forte para transitar por eles até a realização de seus sonhos, na busca de sua profissão. Afinal, o jovem paga caro pelo privilégio de estar crescendo!
A adolescência não é apenas uma idade de conflitos, mas principalmente de escolha que, com toda certeza, o orientará em toda a sua vida. É um período de transição, com todas as suas crises, mas também com toda sua força física, explosiva, na qual busca descobrir sua própria visão, concepção do mundo.
Nós, os pais e mães, professores instrutores, temos de conhecer bem esta fase da vida dos jovens, para ajudá-los a superarem com naturalidade este período delicado dos nossos filhos e estudantes. Não pode ser “a ferro e fogo”, mas com conhecimento, presença, compreensão e assistência permanentes. Afinal somos pais e mestres, os grandes interessados para que eles superem dignamente esta fase decisiva de suas vidas.
Leiam o que Rosemara Oliva diz sobre adolescência e participação social: “O essencial é estimular os jovens a estudarem, opinarem e trabalharem nos programas sociais. A não participação da juventude em debates impede seu amadurecimento para a sua atuação posterior na vida pública.
Para o desenvolvimento de uma personalidade adulta e responsável é necessário construir, desde a idade juvenil, um sopro de ideias próprias”.
ENFIM, a adolescência é a idade dos conflitos, sim; mas é também de grande disposição e procura de um espaço definitivo para sua vida futura na sociedade, na qual viverá como um bom profissional, dedicado e orientador da sua própria família.