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A Cidade e Eu
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Quem sou eu para julgar?

ESTE TÍTULO se refere a um livro escrito pelo Papa Francisco, editado pela Leya, em 2017, em que o grande Jesuíta disserta sobre diversos assuntos, como: infância, velhice, novas famílias, homossexualidade, crise mundial, desemprego, pedofilia, fundamentalismo, liberdade religiosa, sexualidade, ecologia, etc.
Com uma linguagem direta, simples, mas que toca o coração, Francisco nos coloca diante do real valor da vida: nossa relação conosco, com o outro, com Deus e com o mundo.
É ele realmente um homem de bem e do bem. Quer abraçar e abarcar o mundo inteiro com seu elástico e grande coração de pai espiritual de todos os católicos e seguidores do mundo inteiro. Ele é a América projetada no Mapa Mundial do amor a Cristo e ao próximo. Dono de uma palavra fácil, simples, correta e inspirada porta à mensagem divina com Sabedoria e Santidade.
EM TEMPOS de intolerância, de valorização de uma cultura do descarte, o Papa traz “a mensagem da harmonia, da aceitação, do encontro e do diálogo – Se há uma palavra que devemos repetir, disse ele, até nos cansarmos é esta: diálogo. Somos convidados a promover uma cultura do diálogo, procurando por todos os meios abrir instâncias para que isto seja possível e que nos permita reconstruir a estrutura social”. Palavras mágicas de um pastor que deseja recolher todas as ovelhas (homens, mulheres e crianças) ao seu redil, sempre sob a aguçada e atenta vista, que proteja o seu rebanho, indo atrás da ovelha desgarrada, sujeita à ferocidade de lobos rapaces. Vai e vem com ela, sobre os próprios ombros amigos e protetores. Conta-as quando chega e as alimenta imediatamente.
Querido por muitos, inclusive não cristãos, o Papa Francisco é uma voz de amor e união no mundo. Um mundo em turbulência, contestador, rixento, violento, sagaz, perigoso e cada vez mais difícil de ser compreendido.
No sumário deste precioso livro deparamo-nos com 4 partes de muita sabedoria, recolhida no seu “pastoreio-mor” e na sua alta e habilidosa visão de pai, mestre e pastor: I parte: Não julguem para não serem julgados;

II parte: Todos somos frágeis;
III parte: Julgar o pecado e não o pecador;
IV parte: O Juízo da História sobre a história.

Tudo faz sentido nestas grandes mensagens de fé, esperança, caridade e amor. Há um destaque todo especial voltado para os jovens: “Jovens, peço-lhes que não se deixem excluir, não se deixem desprezar, não se deixem tratar como mercadoria”.
Ele, com toda lucidez e conhecimento, relembra um escritor latino-americano que dizia que nós, homens, temos dois olhos, um de carne e um de vidro. Com aquele vemos aquilo que olhamos. Com este vemos aquilo que sonhamos.
Um jovem que não é capaz de sonhar está confinado em si mesmo, está fechado em si mesmo. E, usando sua habilidade argentina, continua, “Não crie rugas, não envelheça, não desista, abra-se e sonhe”.
Não esqueçam, sonhem! Quanto mais você for capaz de sonhar, mais caminho você terá percorrido. O amor é uma responsabilidade que dura toda a vida!
EM SUMA, neste livro o Papa nos chama à prática da compreensão, nos convida a amar o diferente, o outro, SEM julgamentos. E, que sigamos com Ele na construção de tempos melhores, mais atualizados dentro das normas canônicas vigentes.

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