HÁ MUITOS livros escritos sobre o maior nome do Cristianismo vivo, autêntico e atual. Mas, chamou-me sempre a atenção a obra do Dr. Pierre Barbet, cristalizada no título deste artigo, que estudou durante vinte anos os sofrimentos físicos de Cristo, durante a semana de Sua Paixão. “A luz da anatomia revelou-lhe sofrimentos tão tremendos no Senhor que ele resistiu a fazer a Via Sacra”. Ouvindo a exposição de suas pesquisas, o então Cardeal Eugênio Pacelli (que foi um grande Papa da Igreja, durante a segunda Grande Guerra, 1939/1945, com o nome de Pio XII), pálido de emoção, exclamou: Não sabíamos disto! Ninguém nô-lo havia dito!
Este notável médico deixou para nós, hoje, este precioso livro com todas as explicações e todas as gravuras do Santo Sudário contidas no seu estudo e exposição de caráter científico.
“O Sudário é uma peça de linho de 1,10m de largura por 4,36m de comprimento”. Neste pano sagrado ele estuda, com admirável conhecimento, através de fotos em ampliação direta, a marca deixada pelo Corpo de Jesus, após ter sido crucificado, no alto do Calvário.
“O conjunto revela uma anatomia perfeitamente proporcionada, elegante e robusta, de um homem que mede cerca de 1,80m”.
DESCREVE também a Crucifixão, as causas da morte, os sofrimentos, as chagas das mãos, pés e coração de Jesus, assim como a descida da Cruz e seu sepultamento, em um sepulcro na rocha, emprestado por José de Arimatéia.
A morte de Cristo foi importante para a humanidade, redimindo-a da sua culpa, da nossa culpa. Somos gratos pelo grande sacrifício, mas é pela sua ressurreição que se manifestou como o verdadeiro Filho de Deus. Vã seria a nossa fé se Cristo não ressuscitasse, porque não passaria de um mortal como todo ser humano. Por isso o Domingo mais importante do ano é aquele em que se celebra a Ressurreição, este ano revivido no dia 21 de Abril.
Uma personagem, “Maria, avança até a Cruz. É a Mãe do condenado. Vai cambaleando, esmagada pela dor: Ela foi o instrumento do milagre divino do nascimento do Cristo. Ele se manifestou ao mundo por meio dela, vindo à terra na expressão tangível da carne. Foi o grande mistério da encarnação. E, agora, que Ele deixa este mundo, há de desejar devolver aos seus braços o Corpo que ela gerou para servi-Lo. Ela embalou este corpo, quando era pequenino, amamentou-O com seu leite materno, aqueceu-O no seio; e cantou cantigas para que o Seu sono fosse suave” (Plínio Salgado).
AGORA, ali, está para apertar nos seus braços o Corpo inanimado, quando o Mártir cerrar os olhos sofredores. Jesus baixa os olhos e vê a Sua Mãe. Aproxima-se a hora nona. Os soldados dão gargalhadas.
O Cordeiro, levado ao sacrifício, confirma a máxima divina: “Tudo está Consumado!”.
A humanidade está livre da culpa original!