Em pouco tempo, depois de liberada ao público, a inteligência artificial (IA) já causou profundos impactos dentro da comunidade humana; tudo isso e mais os obstáculos que se interpõe, prevendo mais avanços e desafios para o futuro. A IA tem desempenhado um papel revolucionário em diversas áreas. No setor da saúde, por exemplo, algoritmos inteligentes ajudam médicos nos diagnósticos com mais precisão e rapidez, permitindo atendimento mais eficiente e tratamento preventivo, impedindo a manifestação de enfermidades ou sua evolução para estágios graves. A automação na indústria aumenta a produtividade, reduz custos e possibilita avanços tecnológicos notáveis. No mundo corporativo, assistentes virtuais e sistemas preditivos melhoram a tomada de decisão e personalizam a experiência do consumidor. No setor de transporte, veículos autônomos já começam a ser testados em várias partes do mundo, prometendo reduzir acidentes causados por falha humana.
Entretanto, nem tudo são flores ou benefícios imediatos. O impacto da IA, no mercado de trabalho, tem sido o mais negativo, traduzido em preocupações legítimas quanto ao consequente desemprego e a necessidade de requalificação de profissionais. Profissões tradicionais, especialmente as que envolvem tarefas repetitivas, estão sendo automatizadas, exigindo que os trabalhadores adquiram novas habilidades para se manter relevantes no mercado. Essa transição é recorrente, pois se manifesta a cada avanço do saber humano, aplicado em suas atividades; a cada avanço profissões são substituídas por outras e, no intervalo dessas transições, empregos se perdiam. É bom que se tenha atenção sobre o que ocorrerá daqui para frente. No passado, essas transições estavam separadas, no tempo, por períodos relativamente longos. Doravante, a tendência é para mudanças mais frequentes e contínuas; o que implicará em aprendizado também contínuo da parte dos profissionais.
Enquanto avança, a IA enfrenta resistências e desafios. que precisam ser solucionados. Um dos principais obstáculos é a desconfiança da população. Muitas pessoas temem uma substituição indiscriminadas de postos de trabalho e consequente desemprego em massa. No campo da ética, preocupa-se com a garantia de os algoritmos de IA não sejam injustos e discriminatórios. Esse temor é justificado pelo fato de muitos sistemas de inteligência artificial serem treinados com dados históricos, que podem conter vieses antagônicos ao momento atual, permitindo, então, a perpetuação de desigualdades existentes. Além disso, o uso de IA na vigilância levanta preocupações sobre privacidade e segurança, tornando essencial um debate sobre limites e regulamentações. Quanto ao futuro, os desafios ainda podem ser maiores que o previsto, por ser campo inteiramente novo. O desenvolvimento de IA “consciente” que possa “entender” emoções e agir de forma ética, está no horizonte, mas ainda gera muitas dúvidas sobre suas implicações. Será possível criar uma IA verdadeiramente sensível às necessidades humanas? Esse dilema filosófico permanece sem resposta definitiva.
A regulamentação será um dos principais pontos a serem trabalhados nos próximos anos. Governos e instituições precisarão definir limites para o uso da IA garantindo que ela beneficie a sociedade sem comprometer direitos fundamentais. A educação também será peça-chave: na capacitação da população para conviver com a IA de forma ética e produtiva.
Conforme já dito, por ser campo inteiramente novo, a inteligência artificial ainda gerará muitas dúvidas e polêmicas, coisa natural diante do novo e desconhecido. Com tudo, há que não endeusá-la ou demonizá-la; como fruto da inteligência humana, não é boa e nem má, porém um recurso ou ferramenta, cujo uso depende do discernimento de cada usuário, para o bem ou para o mal. Independentemente de qualquer regularização, o bom ou mau uso da IA estar na consciência de cada usuário que deve, antes de tudo, saber discernir possíveis aspectos positivos ou negativos, na vida do semelhante.