NATAL é palavra especial para expressar o nascimento de Jesus, em Belém, longe da cidade grande que não tinha lugar para hospedar um humilde e simples casal, José e Maria. Ela prestes a dar à luz ao Filho de Deus! Preocupado, o casal se afasta de Jerusalém para a periferia da cidade. Recordo-me das palavras de Jesus, anos depois, “Eu sou a luz do mundo; quem me segue, não andará nas trevas” (João 8,12). Este brilho, na escuridão da vida, é mais intenso que a estrela guia dos reis Magos até à manjedoura que hospedara Jesus, no seu primeiro e mais festejado dia do mundo cristão: o Natal!
Eis alguns símbolos característicos deste acontecimento:
“- OS SINOS falam da alegria que devemos ter durante a nossa vida, porque Cristo nasceu para ser nosso companheiro durante esta vida. Os sinos da alegria nos lembram um encontro com Deus.
– O PRESÉPIO: É sabido que quem tomou a iniciativa de montar o primeiro presépio foi São Francisco de Assis em 1223, preparado numa gruta em um bosque italiano, a cena do nascimento de Jesus é apresentada da forma como foi descrita nos evangelhos. A iniciativa foi tão comovente que, a partir daí, a tradição de montar o presépio ganhou o mundo. No Brasil o costume foi introduzido pelo frade franciscano Gaspar de Santo Agostinho, nos primórdios do descobrimento do país e logo se incorporou à religiosidade popular. A melhor simbologia do presépio é o ambiente de fraternidade e de ternura que ele gera.
– ÁRVORE DE NATAL é outro símbolo de enorme força que foi extraído de rituais pagãos. Durante o inverno, os povos europeus tinham o costume de enfeitar suas casas com folhagens e árvores ainda verdes para alimentar a esperança de que a primavera se aproximava. Sob o ponto de vista religioso, a árvore de natal toda verde é sinal de vida, enquanto as botas nela penduradas significam os bons frutos oferecidos por Jesus à humanidade. O hábito de armar árvore de natal sempre foi popular entre os germânicos, mas só ganhou o mundo a partir de 1841, quando o príncipe montou uma árvore no palácio real britânico.
– REIS MAGOS: Os três, Melchior, Baltasar e Gaspar, conforme conta a tradição do Oriente foram guiados pela Estrela de Belém e acorreram ao local do nascimento de Jesus levando em oferenda ouro, incenso e mirra. Primeiro se acreditou que eram sábios astrólogos, membros da classe sacerdotal de alguns povos orientais, como os Caldeus, os Persas ou os Medos. A partir do século VI, porém, a Igreja passou a considerá-los reis e os nomeou pessoalmente, atribuindo a cada um deles características próprias. Assim, Melchior seria o representante da raça europeia e dos descendentes de Jafé; Baltasar representaria a raça amarela, habitante da Ásia e descendente de Sem; enquanto Gaspar pertencia à raça negra, proveniente da Ásia e que teria como ascendente Cam.
– ESTRELA: Ela serviu de guia para os três reis Magos até Belém. É símbolo de Cristo-luz do mundo… Os Pastores simbolizam todos os pobres que são tão abertos às coisas de Deus que são capazes de se pôr a caminho para ir ao encontro do dom de Deus. A gruta simboliza a mãe-terra que se abre para gerar a vida… O boi e o burrinho são símbolos, como diz o profeta Isaías, da aceitação que devemos ter de Deus – Eles conhecem o seu dono, mas meu povo não me conheceu (Is 1,3)”. (Almanaque São Geraldo, ano 2007, resumidamente, página 96).
EM SUMA, quero desejar a todos os nossos leitores um Natal de renovação espiritual aliado às comemorações familiares e individuais próprias desta época, com presentes e muitas alegrias. Que Jesus-Menino nos guie pelo ano 2019, com saúde, paz, felicidade e amor.